A cegueira política e o retrocesso brasileiro; “Ser ou não ser, eis a questão”

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“É inaceitável que o Congresso Nacional, instituição que deveria ser a voz e a proteção do povo, esteja se transformando em seu maior inimigo.”

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Como cidadão brasileiro comum — sem os privilégios de um deputado, especialmente daqueles que votaram a favor da chamada PEC da Blindagem, ou melhor, da “bandidagem” — me sinto como alguém que, à semelhança da aranha que tece sua própria sobrevivência, luta sozinho para entender o tamanho do retrocesso que nosso país enfrenta.

É inaceitável que o Congresso Nacional, instituição que deveria ser a voz e a proteção do povo, esteja se transformando em seu maior inimigo.

Imagine um país onde políticos possam cometer qualquer tipo de crime — corrupção, feminicídio, assédio, estupro, assassinato — e, ainda assim, continuar recebendo apoio popular. O que isso representa? Seria um mergulho no inferno? Um sintoma da ignorância coletiva? Pura maldade? Ou a cegueira causada por uma paixão política irracional?

A aprovação dessa PEC escancara uma verdade dolorosa: a política brasileira precisa de uma análise profunda e urgente. É hora de o eleitor abrir os olhos e parar de aplaudir o que é errado, seja qual for a ideologia. Enquanto o povo se manter cego, a democracia seguirá sendo desmontada peça por peça — e quem paga o preço é sempre a sociedade.

Arnaldo Alves – ItapebiAcontece

* “Ser ou não ser, eis a questão” (é a frase de abertura do famoso monólogo de Hamlet, na peça homônima de William Shakespeare, e representa o dilema existencial de viver ou morrer, além de abordar questões sobre sofrimento, incerteza do além e a coragem de enfrentar os desafios da vida ou sucumbir a eles.)