A energia do cinema brasileiro

17 de Abril de 2013 12h04

Darcles Andrade, Itapebiense, gerente regional da Comunicação Institucional da Petrobras

Twitter: @ItapebiAcontece


Darcles Andrade, gerente regional da Comunicação Institucional da Petrobras



O cinema brasileiro cresceu significativamente nos últimos anos. O filme "Carlota Joaquina" (1994) é considerado o marco do início da retomada da produção brasileira. Com direção de Carla Camurati e apoio da Petrobras, o filme foi destaque em vários festivais, concorreu a diversos prêmios internacionais e colocou o cinema brasileiro de volta no cenário mundial.

Acredito na expansão da produção cinematográfica brasileira. Em fevereiro passado, a Petrobras divulgou a lista de 20 festivais de cinema contemplados na seleção pública do Petrobras Cultural 2012. Foram três do Rio de Janeiro, dois de Pernambuco, dois de Minas Gerais, dois do Rio Grande do Sul e dois de Santa Catarina. Do Acre, Bahia, Maranhão, Piauí, Sergipe, Goiás, Espírito Santo e São Paulo foram escolhidos um projeto em cada estado; além de um no Distrito Federal. Os projetos serão realizados até março de 2014. 
Acho importante esse incentivo a festivais, porque é uma maneira de privilegiar também espaços de fomento e circulação da produção nacional. A Edição 2012 do Programa destinou R$ 67 milhões, a maior verba de todas as edições, à seleção pública de projetos de todo o país, em 11 áreas culturais, dentro das linhas: Preservação e Memória, Produção e Difusão. A divulgação dos resultados das demais áreas do Petrobras Cultural está prevista para o primeiro semestre deste ano.

Para quem é brasileiro e gosta de cinema, é impossível não festejar o fortalecimento e a diversidade da produção nacional. É motivo de orgulho sim ver nossos filmes indicados ao Oscar e nossos atores conquistando espaço junto aos grandes estúdios e aos diretores consagrados, graças à visibilidade mundial conquistada pelos filmes brasileiros. Inclusive, tivemos o documentário “Lixo extraordinário” (lançado em 2009) – premiado no Festival de Berlim 2010 – entre os 15 indicados ao Oscar 2011. O documentário – dirigido pelos brasileiros João Jardim e Karen Harley e a britânica Lucy Walker e patrocinado pela Petrobras - mostra a experiência do artista plástico Vik Muniz no Jardim Gramacho, em Duque de Caxias (RJ), um dos maiores aterros sanitários do mundo.

Outro exemplo do compromisso assumido pela Companhia de valorização da cultura brasileira é o projeto Circuito Petrobras de Cinema Livre, que chega a sua oitava edição com a proposta de difundir o Cinema Nacional em cidades do interior da Bahia. Através de exibições itinerantes e gratuitas dos mais recentes títulos do cinema brasileiro em praças públicas das cidades do Estado. O projeto promove a inclusão social, oferecendo diversão gratuita para a população e incentivando a formação de público para o cinema brasileiro. O Circuito Petrobras de Cinema Livre também busca valorizar as manifestações regionais, incluindo na sua programação apresentações de expressões culturais locais, envolvendo Teatro, Contação de Histórias, Recitais de Poesias, dentre outras.

Mas, é evidente que a questão do financiamento ainda é um dos grandes problemas do cinema nacional. Por isso, é importante que exemplos como o da Petrobras sejam valorizados e seguidos. Afinal, este tipo de arte precisa de investimentos e iniciativas do setor privado. E esse investimento além de enriquecer a cultura, gerar emprego e renda e dar visibilidade mundial aos artistas e às produções brasileiras, agrega valor à imagem da empresa. Em janeiro de 2011, por exemplo, a Petrobras ultrapassou a marca de 500 longas-metragens patrocinados desde “Carlota Joaquina”, se firmando como a principal incentivadora do cinema nacional e uma das principais responsáveis pela recuperação do setor no país.

Para comemorar a façanha, a empresa convidou estilista Ronaldo Fraga para criar um desfile em homenagem a estes longas na abertura da Mostra de Cinema de Tiradentes.  Entre os mais de 500 filmes estão grandes produções brasileiras como “O Quatrilho”, “Tieta”, “O que é isso, companheiro?”, “Cidade de Deus”, “Carandiru”, “Cazuza”, “O ano em que meus pais saíram de férias”, “Se eu fosse Você”, “Tropa de Elite”, “Saneamento Básico” e “Meu Nome Não é Johnny”.

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