Investir ou especular?

19 de Junho de 2020 17h06

Muitas pessoas especulam pensando que estão investindo. Saber a diferença entre ambos é algo muito importante para identificar se sua estratégia de investimentos condiz com seu apetite ao risco e objetivos financeiros.

Twitter: @ItapebiAcontece

 

Tarcício Rodrigues Oliveira nasceu em Salvador, é filho do itapebiense Darcles Andrade Oliveira e está graduando em Administração na UFBA e se especializando em mercado financeiro. Tarcício já está trabalhando na área numa das grandes corretoras Financeiras do País. Ano passado esteve na China onde foi apresentar um trabalho nessa área junto com outros colegas da Faculdade onde é Co-fundador e Conselheiro da Liga de Mercado Financeiro da UFBA e compõe o time de Fernando de Noronha Wealth .

Veja o que escreveu Tarcício na Coluna Economia E Mercado do BNews, um dos grandes sites de notícias do Nordeste.

Apesar de um tema considerado simples, é pouco conceituado em nossa sociedade. Muitas pessoas especulam pensando que estão investindo. Saber a diferença entre ambos é algo muito importante para identificar se sua estratégia de investimentos condiz com seu apetite ao risco e objetivos financeiros.

Em suma, especular no mercado financeiro é tentar prever o comportamento futuro dos preços dos ativos. Geralmente, são operações de curto ou curtíssimo prazo; porém, Benjamin Graham diz em seu livro O Investidor Inteligente que comprar a ação de uma empresa sem entender o que ela faz, independente de prazo, já é especular. Certo ou errado, se você assume o risco desse tipo de operação o ideal é que você esteja consciente disso. 

Investir, novamente conceituado por Graham, é o que fazemos após uma análise minuciosa de uma empresa ou título, dando segurança ao capital investido e uma remuneração apropriada ao risco corrido. Investir é um ato de longo prazo. É importante dizer que investir geralmente está associado a entender como um ativo financeiro gera receita, por isso, por exemplo, operações em moedas ou criptoativos devem ser consideradas especulativas.

Por fim, o ideal é saber o que está fazendo. Ambas estratégias podem e devem coexistir, o que dita isso é o nível de conhecimento do investidor. Risco e retorno andam sempre juntos, porém existem formas de mitigar os riscos, como a diversificação em classe de ativos e, a mais importante: conhecimento. Investir não é uma prova de 100 metros rasos, investir é uma maratona e a educação financeira é vital nessa jornada.

 

Tarcicio Rodrigues

*Graduando em Administração na UFBA, Co-fundador e Conselheiro da Liga de Mercado Financeiro da UFBA e compõe o time da Fernando de Noronha Wealth

 

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