Foto: Metropress/Catarina Queiroz
Em conversa com o Jornal da Bahia no Ar, nesta sexta (17), Wilson Cardoso destacou as dificuldades enfrentadas pelos municípios. “É quase impossível governar”, diz presidente da UPB sobre dificuldades dos pequenos municípios.

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O prefeito de Andaraí e presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB), Wilson Cardoso, afirmou que administrar cidades com baixa arrecadação e grande extensão territorial se tornou “quase impossível”. A declaração foi feita durante entrevista ao Jornal da Bahia no Ar, nesta sexta-feira (17).
Cardoso criticou o excesso de criação de municípios no país e defendeu que o Congresso Nacional reveja a atual estrutura administrativa. Segundo ele, manter cidades com receita limitada compromete a qualidade dos serviços públicos e a gestão financeira.
“Temos uma preocupação muito grande com os municípios de pequena receita. Cidades com índice de 0.6 e área de mais de 2 mil ou 2,5 mil quilômetros quadrados são praticamente ingovernáveis, pois não têm receita própria”, afirmou.
Confira na íntegra:
O presidente da UPB também chamou atenção para o grande número de municípios com populações reduzidas, o que, segundo ele, gera desequilíbrio administrativo.
“Há cidades no Brasil com menos de mil habitantes — em Minas Gerais, por exemplo, existe um município com cerca de 800 pessoas. Aqui na Bahia, temos localidades com pouco mais de 2 mil moradores. Isso não equivale nem a um bairro de Feira de Santana ou de Vitória da Conquista”, comparou.
Wilson Cardoso criticou ainda a desproporcionalidade política em cidades pequenas, que mantêm estruturas administrativas incompatíveis com o tamanho da população.
“Imagine um município com 2 mil habitantes, nove vereadores, salários de prefeito, secretários… Honestamente, acho um absurdo. E ainda há movimentos querendo aumentar o número de vereadores e deputados”, lamentou.
Além das questões financeiras e administrativas, o gestor destacou problemas sociais enfrentados por cidades menores, como o aumento da vulnerabilidade entre crianças e adolescentes.
“Tem alunos que não querem voltar para casa. O alcoolismo e os casos de abuso, principalmente cometidos por padrastos, têm crescido muito. A extrema pobreza dessas famílias torna tudo ainda mais difícil”, alertou.
Por fim, Wilson defendeu a importância das parcerias entre a UPB e o Ministério Público no fortalecimento das redes de proteção à infância.
“O Conselho Tutelar precisa funcionar bem em todos os municípios”, concluiu.
ItapebiAcontece – informações da Rádio Metrópole / Metro 1
Como q se tornou impossivel de governar se maioria das prefeitura tem caso de enrriquecimento ilicito desvio de verba e corrupcao?