“Graças à articulação de Lula”, diz Gleisi sobre recuo dos EUA em tarifaço

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Foto: Catarina Queiroz/Metropress

Ministra das Relações Institucionais comenta negociação com EUA e diz que Brasil não é mais dependente do comércio americano.

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A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, elogiou, durante entrevista concedida nesta sexta-feira (10) à Rádio Metropole, a articulação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas negociações com os Estados Unidos e criticouo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), a quem acusou de atuar contra os interesses do Brasil.

“Graças à articulação do presidente que não sofremos com o tarifaço americano, que agora recuaram. Mas a gente não dependia tanto do comércio com os EUA, porque foi o presidente lá em 2003 que disse que tinha que abrir comércio com outros países”, afirmou Gleisi. Segundo a ministra, o Brasil era anteriormente muito mais dependente das exportações para os Estados Unidos: “O Brasil tinha seu comércio dependente dos EUA em 25% e caiu para 12%  e vai cair mais. Abriu comércio com a China, Ásia. A gente não sofre, não é dependente”.

A ministra também comentou sobre a relação entre Eduardo Bolsonaro e Donald Trump nas recentes negociações e a influência de figuras brasileiras no cenário. “Eu acho que mentiram muito pro Trump. Eduardo tá lá fazendo campanha contra o Brasil, ele já tinha que ter sido cassado por crime de lesa-pátria”, afirmou Gleisi, em crítica direta ao deputado. Segundo ela, Lula tem postura firme nas relações internacionais: “Uma coisa é negociar, outra coisa é abrir mão de sua soberania; nisso ele é muito firme. Se tivesse uma situação de tarifaço com Bolsonaro no poder, esquece, tinha entregado tudo”. Gleisi ainda acrescentou: “Trump ficou com muito medo da relação do Brasil com a China, isso fez ele repensar”.

As declarações da ministra vêm após o presidente Lula relatar, na quinta-feira (9), uma conversa telefônica com Donald Trump. Segundo Lula, o presidente norte-americano disse que “pintou uma química” entre eles, abrindo caminho para um possível diálogo mais produtivo entre os dois países. O telefonema, ocorrido na última segunda-feira (6), durou cerca de 30 minutos e teve participação de ministros e assessores do governo brasileiro.

Confira a entrevista na íntegra:

Por: Rádio Metrópole