Crime ainda intriga autoridades; local da descoberta dos corpos fica próximo a aeroporto, rodovia e clube. Uma semana após mortes, investigação ainda sem respostas.

Alexsandra Suzart, Maria Helena do Nascimento e Mariana Bastos desapareceram no dia 15 de agosto, após saírem para caminhar com um cachorro na Praia dos Milionários, em Ilhéus, no sul da Bahia. Os corpos foram encontrados no dia seguinte, em uma área de vegetação próxima à faixa de areia.
Nesta sexta-feira (22), o caso completa uma semana sem que suspeitos tenham sido identificados ou a motivação do crime esclarecida.
A última imagem das vítimas com vida mostra as três caminhando juntas pela areia. Apesar de ser uma das praias mais conhecidas da cidade, o trecho onde elas passaram é pouco movimentado. Já o ponto onde os corpos foram achados fica próximo ao aeroporto de Ilhéus, à rodovia BA-001 e a estabelecimentos como casas, pousadas, comércios e o clube AABB Ilhéus.
A polícia analisou imagens de mais de 15 câmeras de segurança da região, mas as gravações apresentaram pontos cegos e, até agora, não ajudaram na identificação dos suspeitos.
De acordo com a investigação, as vítimas tinham marcas de facadas. Não foram levados pertences, já que elas não carregavam objetos de valor, e também não há indícios de violência sexual. O cachorro que as acompanhava foi encontrado vivo, amarrado a uma árvore, ao lado dos corpos.
A polícia acredita que ao menos duas ou três pessoas tenham participado do crime, mas ainda não há linha de investigação definida.
Quem eram as vítimas
Alexsandra Oliveira Suzart, de 45 anos, e Maria Helena do Nascimento Bastos, de 41, eram amigas, vizinhas e atuavam como profissionais de atendimento especializado no Centro de Referência à Inclusão, ligado à rede municipal de ensino de Ilhéus. De acordo com colegas de trabalho, ambas eram reconhecidas pela dedicação e pelo carinho no trato com os alunos, além de serem muito procuradas por pais que buscavam orientações sobre a educação dos filhos.
Mariana Bastos da Silva, de 20 anos, era filha de Maria Helena e cursava ensino superior. Assim como as outras vítimas, ela residia em um dos condomínios localizados a cerca de 200 metros da Praia dos Milionários.
Protestos na cidade
Após o crime, moradores e colegas das vítimas realizaram protestos em Ilhéus. Os atos pediam justiça, maior rigor nas investigações e mais segurança na região. Familiares também participaram das manifestações, reforçando a cobrança por respostas rápidas sobre a motivação e a autoria dos assassinatos.
O secretário de Segurança Pública da Bahia, Marcelo Werner, a vice-presidente da Assembleia Legislativa, deputada Fátima Nunes, e vereadores de Ilhéus se reuniram na quinta-feira (21) para tratar do reforço na segurança do município.
Durante o encontro, o delegado-geral da Polícia Civil, André Viana, destacou que as equipes seguem trabalhando em diferentes linhas de investigação para esclarecer o crime.
ItapebiAcontece Studio SSA – Informações G1
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