Bebês de 1 e 2 anos estão com coronavírus na Bahia e Maranhão

PANDEMIA
30 de Março de 2020 13h03

Embora apresentem menos sintomas e menor risco de complicações, bebês e crianças também estão sujeitos a desenvolver quadros graves da covid-19

Twitter: @ItapebiAcontece

Foto: Fernando Frazão - Agência Brasil

 

Os governos da Bahia e do Maranhão notificaram nas últimas horas casos de bebês infectados por coronavírus

A Secretaria da Saúde da Bahia notificou um caso confirmado de infecção por coronavírus em uma criança de dois anos, segundo boletim divulgado no fim da tarde de domingo (29).

De acordo com o comunicado, a criança apresenta bom estado de saúde. A Bahia tem 156 casos de covid-19 e confirmou ontem a primeira morte, de um homem de 74 anos.

No Maranhão, uma menina de uma ano teve resultado positivo para coronavírus. O quadro de saúde dela é estável. O estado tem 22 casos confirmados e um óbito, de um homem de 49 anos que tinha histórico de hipertensão. 

Mundialmente, crianças com covid-19 apresentam sintomas mais leves ou, às vezes, nenhum. No entanto, há casos que podem evoluir para quadros graves.

Embora tenham poucos sintomas, as crianças transmitem o vírus, o que fundamenta as decisões tomadas por governos estaduais e municipais de manter escolas fechadas.

Uma vez em contato com outras crianças e posteriormente com as famílias, elas podem acelerar a disseminação do vírus entre adultos e idosos, estes últimos principal grupo de risco para complicações decorrentes da covid-19.

Um bebê com menos de um ano morreu nos Estados Unidos após ter sido infectado pelo vírus, de acordo com o governo do estado de Illinois. Em Portugal, um adolescente de 14 anos também faleceu. 

O Brasil tinha, até ontem, 4.256 casos confirmados em laboratório de covid-19 e, destes, 136 pacientes morreram.

São Paulo é o estado com maior número de casos (1.451) e também de óbitos (98). Mas também houve registros de óbitos em outras 12 unidades da federação.

 

Unicef sugere conversa aberta com crianças sobre novo coronavírus

Imagem: Reprodução

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) divulgou em 17 de março, orientações sobre como falar sobre a pandemia do novo coronavírus com as crianças. Para o organismo internacional, uma conversa aberta pode ajudar os pequenos a entender e lidar com a situação.

Fazer perguntas e ouvir atentamente as crianças é um passo importante. A sugestão é começar convidando a criança a falar sobre o assunto, descobrir o quanto ela já sabe e seguir a partir daí. Desenhos, histórias e outras atividades podem ajudar a começar uma conversar.

Se ela é muito nova e ainda não ouviu falar sobre o surto, talvez não seja necessário levantar a questão, mas apenas aproveitar a oportunidade para reforçar as boas práticas de higiene sem introduzir novos medos.

O Unicef ressalta que é muito importante não minimizar ou se esquivar das preocupações da criança. “Assegure-se de reconhecer os sentimentos dela e lhe garantir que é natural sentir medo dessas coisas. Demonstre que está ouvindo, prestando toda a atenção ao que ela fala e tenha certeza de que ela entende que pode conversar com você e seus professores sempre que quiser”, diz orienta a publicação.

Ser honesto ao dar explicações e de falar de forma que a criança entenda também é outro ponto fundamental para essa comunicação. “Use uma linguagem apropriada para a idade, observe suas reações e seja sensível ao seu nível de ansiedade”.

Se não souber responder às perguntas delas, não inventar. Usar a situação para procurar juntos as respostas em sites oficiais e confiáveis.

Mostrar à criança como proteger ela mesma e seus amigos também é outro ponto abordado na publicação. “Uma das melhores maneiras de manter as crianças protegidas contra o coronavírus e outras doenças é simplesmente incentivar a lavagem regular das mãos. Não precisa ser uma conversa assustadora”. O Unicef ainda orienta a mostrar às crianças como cobrir o nariz e a boca com o cotovelo flexionado ao tossir ou espirrar e a explicar que é melhor não ficar muito perto das pessoas que apresentem esses sintomas.

 

ItapebiAcontece com informações R7 / Agência Brasil

 

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