CPI: Médica Luana Araújo diz que não recebeu justificativa para sua dispensa
"Senti que era uma situação pesarosa. Ele [Queiroga] não me disse as causas e eu também não perguntei".
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O vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), pediu à médica infectologista, Luana Araújo, depoente da desta quarta-feira, 2, detalhes sobre sua dispensa pelo ministro da Saúde, Marcelo Queirora, 10 dias após de ela ser anunciada em maio para o cargo de secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid-19.
"Foi uma questão bastante pesarosa. Eu trabalhei o dia inteiro nesse dia na tentativa de organizar a estrutura da secretaria. Nós já sabíamos da variante indiana na Argentina e eu estava tentando organizar isso", relembrou a médica.
"No final da tarde eu fui chamada ao gabinete e achei que seria para discutir essas coisas, até porque eu tinha um acesso muito livre ao ministro. Quando entrei no gabinete ele me informou que optou pela minha nomeação, que não duvidava da minha capacidade técnica, mas que teria que abrir mão de mim porque a nomeação não teria sido aprovada", continuou.
Randolfe perguntou se ela podia dizer, então, que tinha sido vetada por alguém, mas Luana disse que não tinha como chegar a essa conclusão, já que Queiroga lhe disse apenas que não fora aprovada.
"Senti que era uma situação pesarosa. Ele [Queiroga] não me disse as causas e eu também não perguntei. Tudo é político quando a gente está aqui dentro. Existiu um pesar sobre abrir mão disso até porque estávamos desenvolvendo um bom trabalho em um período muito curto, mesmo eu não tendo sido nomeada", afirmou a especialista.
"Eu não entendo como funcionam esses trâmites políticos. O que posso dizer é que não tem lógica e não parece ter partido dele aquela decisão."
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