DESLOCAR-SE DE UM LOCAL PARA OUTRO TENDO DESCONFIANÇA DE ESTAR CONTAMINADO PELO CORONAVÍRUS: SEU EGOÍSMO PODE MATAR

Itapebi
06 de Julho de 2020 12h07

Na pandemia de coronavírus que se espalhou pelo mundo, estamos vendo respostas de todos os tipos

Twitter: @ItapebiAcontece

Fotos: Arnaldo Alves / ItapebiAcontece

- No inicio da pandemia do coronavírus aqui no Brasil o Site Intercept, escreveu um editorial que a seguir o ItapebiAcontece reedita com algumas adaptações:

É um crime gritar “fogo!” num teatro cheio. O resultado é criar um pânico em que pessoas inocentes – particularmente as mais vulneráveis – podem ser pisoteadas e mortas. Mas também deveria ser um crime gritar “está tudo ok, fiquem sentados e assistam à peça!” num teatro que está sendo consumido por chamas. As pessoas precisam saber do risco, levantar e caminhar com calma – mas rapidamente – para a saída.

É socialmente irresponsável – uma negligência absurda – dizer e pensar “isso não vai me afetar”, “eu não vou mudar a minha vida por causa disso” ou “não faço parte de grupos de alto risco, então estou de boas”. É responsabilidade de todos levantar nossas vozes quando vemos esse tipo de discurso e corrigi-lo. Do mesmo jeito que ficar calado quando presenciamos racismo, sexismo, classismo  e fascismo é compactuar com estes comportamentos, fechar os olhos para esse tipo de individualismo agora também é contribuir para sua existência. Também é muita irresponsabilidade o individuo saber ou desconfiar que pode estar contaminado em um determinado local e vir ou voltar, para outra comunidade (mesmo que seja a sua de origem) acarretar risco de contaminação a outras pessoas. Isso também é descaso para com os outros, mesmo que seja sua própria família. Devemos nesse momento nos preocupar não somente com os nossos e sim com toda a comunidade.  Outra coisa que no momento está chamando a atenção deste “redator” é o fato de algumas pessoas estar sempre com equipamentos de segurança ( máscara e etc.) principalmente em seu trabalho – seja ele qual for,  mas em determinado momento sai de sua residência descalço e  visita outra casa que ela faculta algo e imagina não haver problemas nenhum na sua visita. Gente, todo contato é passivo de contaminação, não sabemos quem carrega o vírus e nem temos informações concretas sobre índice ou não contágio. Na pandemia de coronavírus que se espalhou pelo mundo, estamos vendo respostas de todos os tipos

 

O balanço entre pânico e inércia é difícil de acertar, pois nunca vivemos uma situação assim na era contemporânea. Mas o importante é que todo mundo reconheça: desta vez não é como nas últimas vezes. Não é dengue, nem H1N1, nem febre amarela, e precisamos estar dispostos a mudar radicalmente nossos modos de vida – e talvez até o jeito que pensamos sobre a sociedade em que vivemos. E a razão, provavelmente, não é para proteger a si mesmo, mas para ajudar a sociedade como um todo e as pessoas mais frágeis e expostas. É hora de pensar nos outros de fato.

Em momentos de crise, as fissuras sociais e o caráter de todos nós são acentuados. Vivemos em tempos de extremo capitalismo em que os Guedes, Bolsonaros e Trumps querem sucatear os serviços sociais e glorificar a privatização e o livre mercado – mas, concordando com eles ou não, o individualismo que é à base do nosso sistema socioeconômico já impregnou a consciência de todos nós. Vamos ter que repensar isso agora.

Estamos juntos nisso, goste você ou não e, depois, o Covid-19 (coronavírus), não reconhece números, posição social, econômica e lado político. Aqui no Brasil há mais de110 dias temos um inimigo maior em comum.

 

A base deste texto foi publicado originalmente na newsletter do Intercept Brasil

 

Intercept – Adaptado por Arnaldo Alves para o ItapebiAcontece

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