Gabrielli afirma que dinheiro não falta

Geral
16 de Março de 2012 18h03

O secretário disse que é fundamental trazer o capital financeiro para o estado e que os desafios estruturais devem ser vistos como oportunidades para o desenvolvimento.

“Não falta dinheiro para projetos inovadores”. A afirmação é do secretário estadual do Planejamento, José Sergio Gabrielli, durante a aula inaugural ministrada quinta-feira (15) na Faculdade de Economia da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Ele declarou que a Bahia precisa ser criativa para aproveitar os recursos disponíveis e que não carecem de investimento estatal. “Os investimentos privados planejados para o estado entre este ano e 2015 já superam os R$ 75 bilhões”.

O secretário disse que é fundamental trazer o capital financeiro para o estado e que os desafios estruturais devem ser vistos como oportunidades para o desenvolvimento. “Precisamos trabalhar considerando as limitações da infraestrutura, a exemplo da questão energética. Sem energia não tem crescimento, desenvolvimento, inclusão social. É um desafio, mas temos alternativas regionais, como a energia eólica e solar”.

Uma boa notícia é que a Bahia anualmente fortalece o seu potencial no segmento de energia renovável. Nos leilões de energia realizados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) entre os anos de 2009 e 2011, ficou assegurada a implantação de 57 parques eólicos nos próximos anos, totalizando um investimento de R$ 6,5 bilhões.

Ordenamento

De acordo com Gabrielli, devido ao volume expressivo de investimentos no entorno da Baía de Todos-os-Santos  (BTS) até 2015, as relações entre as cidades do entorno serão reconfiguradas e será necessário elaborar um plano diretor. “Terá início a construção da ponte Salvador-Itaparica, um estaleiro de alto porte em Maragojipe, um terminal de regaseificação, além da expansão da atividade portuária”.

Apenas a implantação do Estaleiro Enseada do Paraguaçu, que é voltado para a construção e integração de unidades offshore, como plataformas, navios especializados e unidades de perfuração, injetará na economia baiana R$ 2 bilhões. A demanda por mão de obra está estimada em três mil empregos diretos durante a construção e cinco mil após o início da operação do estaleiro, além de dez mil indiretos.

Nova estratégia

Com o esgotamento da guerra fiscal como estratégia para a atração de empresas e uma nova divisão internacional do trabalho centrada na China, os rumos da economia brasileira e baiana foram alterados. Hoje, segundo o assessor-chefe da Seplan, Antônio Alberto Valença, que também fez uma apresentação para os estudantes, a estratégia da Bahia aproveita a janela de oportunidades das commodities e expande o mercado interno, tendo em vista o lema repartir para crescer.

Valença explicou que a estratégia prevê a redução do custo Bahia com novos investimentos em logística e energia, atração de projetos de mineração, fortalecimento do agronegócio e reestruturação do significado da política de adensamento de cadeias.

Já para sustentar a competitividade da indústria baiana, diversas frentes são necessárias, a exemplo do apoio à inovação tecnológica e renovação do capital fixo, capacitação para o trabalho, democratização no acesso ao crédito, bem como a universalização dos serviços sociais (saúde, educação, segurança) como vetores de desenvolvimento.

 

 

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