PALMEIRAS: O GIGANTE CAI PELA SEGUNDA VEZ

Geral
19 de Novembro de 2012 08h11

O baque dá ao Palmeiras uma nova chance de reconhecer a queda e se reerguer. Não faltam exemplos de superação na bonita e quase centenária história do clube, que precisa ser mais Palmeiras do que vem sendo e ostentar a sua fibra.

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O Palmeiras caiu. De novo. Um rebaixamento não foi suficiente para o clube resolver seus sérios problemas políticos e administrativos, com óbvia consequência no futebol. Dez anos e um dia após a primeira queda, uma década na qual inegavelmente perdeu espaço para os principais rivais, o Verdão foi mandado de volta para a Série B do Campeonato Brasileiro com um empate por 1 a 1 com o Flamengo em Volta Redonda. Na verdade, o rebaixamento acabou confirmado quando a delegação estava no ônibus de volta à capital, pontualmente no quilômetro 322 da Rodovia Dutra, no momento em que terminou o confronto entre Portuguesa e Grêmio, no Canindé.

Vaiado na maior parte do jogo, Vagner Love fez um gol no finalzinho que – aliado à vitória do Bahia e ao empate da Portuguesa, concluído mais tarde – apenas finalizou uma trajetória cheia de erros. A começar pelo trabalho de Felipão, que – dentro das limitações financeiras – montou o time como quis, mandando até dirigente embora, e saiu após 25 rodadas com um aproveitamento de 26,7%. Gilson Kleina aceitou a tentativa de virar o jogo, mas encontrou um cenário totalmente adverso e falhou com duas rodadas de antecedência.

Boa parte da torcida já estava contra quando o novo técnico chegou, o que significou perda de quatro mandos de campo e um clima de terror para um grupo de jogadores, que, mesmo sem nenhuma pressão, já apresentaria bastante dificuldade. Sem o contundido Valdivia, algo que não gerou grande surpresa, e com um Marcos Assunção esforçado, mas limitadíssimo por uma lesão no joelho, o Alviverde teve em Barcos sua única arma confiável. Foi insuficiente.

Djalma Vassão/Gazeta Press
Palmeirenses já sentiam abatimento pela queda ao fim da partida contra o Flamengo em Volta Redonda

 

O JOGO - Foi o Palmeiras que começou melhor em Volta Redonda. Com Artur fechando a defesa pela direita como um terceiro zagueiro, Juninho tinha liberdade para avançar pela esquerda. Mas era pela direita mesmo, no espaço deixado pelo lateral flamenguista Ramon, que estava o caminho.

Em dez minutos, o Verdão tinha aparecido bem por ali em três oportunidades. Na primeira, Barcos teve o cabeceio bloqueado após cruzamento de Maikon Leite. Na segunda, o próprio Leite bateu de fora da área. Em seguida, foi Artur quem bateu com liberdade, após uma das viradas de jogo que iludiam facilmente a marcação rubro-negra.

O Flamengo tinha no cabeça de área Amaral o único jogador realmente eficiente no meio-campo. Renato Abreu procurava ajudá-lo, mas a saída dos donos da casa era péssima, o que ficou claro quando Ibson ofereceu chance para Tiago Real da meia-lua.

Após cerca de 20 minutos, o nervosismo alviverde começou a aparecer. Juninho, que também tinha espaço nas viradas de jogo, era o retrato do desespero, o que equilibrou as ações na metade final do primeiro tempo.

Se levou novo susto em tabela de Mazinho com Barcos, o Fla ao menos começou a chegar com perigo do outro lado. A chance mais clara foi dos cariocas, já nos acréscimos, quando Hernane acertou pela primeira vez no jogo e deixou Vagner Love em ótima posição para marcar. O camisa 99 bateu mal.

No intervalo, Dorival Júnior trocou o pouco eficiente Cléber Santana por Wellington Bruno e viu resultado rápido. A equipe rubro-negra passou a trocar passes com muito mais agilidade e a rondar o gol de Bruno. O Palmeiras, antes da marca dos 10 minutos da etapa final, teve de colocar Vinícius no lugar do contundido Tiago Real.

Djalma Vassão/Gazeta Press
Torcida sente golpe pela queda alviverde

 

A troca acabou sendo boa, já que Vinícius entrou bem pela esquerda, empurrando Mazinho para o meio. O camisa 25 logo fez uma boa jogada na qual os palmeirenses pediram pênalti em Barcos. Aos 17 minutos, ele arriscou de fora da área e contou com a colaboração de Paulo Victor para abrir o placar.

Aí o Flamengo partiu de vez ao ataque, com as entradas de Mattheus e Paulo Sérgio, oferecendo bastante espaço para os contra-ataques. Enquanto Vagner Love era vaiado pela péssima partida que fazia, Maikon Leite perdeu duas chances na cara de Paulo Victor que teriam matado o jogo.

Paulo Sérgio, que havia entrado bem, acabou sendo expulso por revidar falta de Román. E a torcida do Flamengo já parecia satisfeita em tripudiar os palmeirenses pelo gol do Bahia, péssimo para o Verdão. Aí, aos 43, Love recebeu bola longa, bateu de pé esquerdo e contou um daqueles desvios, de Román, que ficará marcado na história.

Na rodada das 19h30, o empate da Portuguesa com o Grêmio confirmou a degola quando a delegação verde estava na estrada  no retorno à capital, no quilômetro 322 da Rodovia Dutra. Com o destino definido, o Palmeiras ainda terá duas partidas melancólicas para fechar 2012. A equipe receberá o Atlético-GO em jogo certamente tenso, no Pacaembu, no próximo domingo, e encerrará a campanha diante do Santos, na Vila Belmiro.

Por Gazeta Esportiva

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