Fotos: Reprodução web
Ao todo, a operação resultou em 121 mortes, das quais 117 eram de suspeitos.

A Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro confirmou nesta sexta-feira (31) que seis suspeitos baianos estão entre os mortos da megaoperação realizada na última terça-feira (28) nos complexos da Penha e do Alemão. Três deles foram identificados como chefes do tráfico de drogas na Bahia, segundo informações divulgadas em coletiva de imprensa.
De acordo com o balanço oficial das forças de segurança fluminenses, a ação resultou em 121 mortes, sendo 117 de suspeitos. Os baianos mortos foram identificados como Danilo Ferreira do Amor Divino (Mazola), Diogo Garcez Santos Silva (DG) e Fábio Francisco Santana Sales (FB) — todos com histórico de envolvimento com o tráfico de drogas.
Natural de Feira de Santana, Mazola era apontado como o principal chefe do tráfico na segunda maior cidade da Bahia e tido pela polícia carioca como uma das lideranças mais influentes na ligação entre facções do Rio e da Bahia. DG, também de Feira, tinha passagens por associação para o tráfico e porte ilegal de arma de fogo. Já FB, natural de Alagoinhas, possuía registros por ameaça.
Expansão do Comando Vermelho na Bahia
A participação de criminosos baianos na operação evidencia a expansão do Comando Vermelho (CV) em Salvador e na Região Metropolitana. A facção carioca vem consolidando presença em bairros como Nordeste de Amaralina, Vale das Pedrinhas, Santa Cruz, Cosme de Farias, Saramandaia, Liberdade e Tancredo Neves, além de localidades de Lauro de Freitas, como Portão, Areia Branca e Capelão.
Apesar da apreensão com possíveis retaliações, o professor de Direito Penal e Processual Penal Luciano Bandeira Pontes, especialista em segurança pública, avalia que não há risco imediato de ataques na capital baiana. Em entrevista ao bahia.ba, ele destacou que uma reação violenta seria prejudicial aos interesses da facção.
“Não acredito numa retaliação aqui. Isso atrapalharia ainda mais os negócios da facção, até porque, com a baixa que ocorreu no Rio, eles não vão querer mais operações em desfavor do Comando Vermelho”, afirmou o especialista.
A operação no Rio de Janeiro foi uma das mais letais já registradas no país e teve como principal alvo o Comando Vermelho, organização que mantém influência em diversos estados brasileiros — incluindo a Bahia. As forças de segurança seguem investigando a atuação e a rede de lideranças da facção fora do território fluminense, especialmente no interior baiano.
ItapebiAcontece – Informações bahia.ba






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