Corpo de Eduarda Rodrigues dos Santos, 22 anos, foi localizado em via pública na cidade de Eunápolis.

Foto: Reprodução | Redes Sociais
Após o corpo de uma jovem decapitada ser encontrado em Eunápolis, no extremo sul da Bahia, o secretário de Segurança Pública do estado, Marcelo Werner, afirmou que o enfrentamento às facções criminosas seguirá como prioridade. Em entrevista, ele defendeu operações integradas e leis mais rígidas para combater a violência.
A vítima foi identificada como Eduarda Rodrigues dos Santos, de 22 anos. O corpo foi localizado na Rua São Lourenço, bairro Santa Lúcia, na tarde de terça-feira (2), ao lado de um bilhete supostamente deixado pelos criminosos. O conteúdo da carta indica que a morte teria sido ordenada por um “tribunal do crime”, após uma suposta “traição” da jovem.
Werner destacou que a região tem recebido operações conjuntas das polícias Militar, Civil e Federal, coordenadas pela inteligência.
— Não podemos permitir que atos de barbárie e terror como esse fiquem impunes. Vamos seguir trabalhando, com dedicação de nossos policiais, para proteger a população — declarou.
Facções e práticas violentas
De acordo com o secretário, a principal ameaça vem da guerra entre facções ligadas a grandes organizações criminosas do Sudeste, que trazem para a Bahia práticas violentas e de intimidação.
“As facções já não se limitam a territórios locais. Elas se conectam a outras, adotando modos operandi de terror que precisamos enfrentar”, explicou.
Medidas em andamento
Entre as ações já realizadas, Werner citou a prisão de lideranças, apreensão de armas, desmonte de laboratórios de drogas, retirada de barricadas e bloqueio de sistemas de monitoramento instalados ilegalmente pelas facções. Ele também defendeu a necessidade de estrangular o financiamento dessas organizações e cobrou mudanças legais em nível nacional.
“Temos provocado muito o Congresso para que aprove leis mais duras contra facções e crimes violentos”, disse.
O secretário reforçou ainda a parceria com o Ministério Público e o Tribunal de Justiça da Bahia, mas ressaltou que o desafio ultrapassa fronteiras estaduais.
“Esse não é um problema apenas da Bahia, é um problema nacional. Precisamos avançar cada vez mais para reduzir os índices criminais e proteger a população”, concluiu.
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