Ser Itapebiense...

14 de Maio de 2011 22h05

“... Como é sublime, saber amar, como a alma adorar, a terra onde se nasce...”!

 

 Ser itapebiense é amar incondicionalmente

O torrão natal.

É amar o Italva, o América, o Vitória, tradição e história.

É cerrar os olhos e sonhar... Com os momentos dos jogos memoráveis no campo da lagoa aos domingos.

É imaginar uma troca de passes em alta velocidade entre Edmundo Souza, Bricinho e Zé Cangalha, em mais uma jogada que culminaria na marcação de um tento, para deleite da platéia.

É assistir aos jogos de cima das pedreiras, sem qualquer conforto, e sem se importar com os riscos de cair e se machucar ou até de ser ofendido por animal peçonhento, e se sentir em pleno Maracanã.

É contemplar a beleza ímpar do alto da montanha, tendo como pano de fundo o Jequitinhonha, com suas praias a formar um imenso mosaico em contraste com suas águas límpidas e mornas.

É deleitar-se com os amigos nas belas praias do cafeeiro e Estrela do Norte, aos domingos e feriados. A jogar futebol, a vislumbrar as

 

belas morenas, a banhar-se freneticamente, sem culpa de ser feliz.

É atravessar o Jequitinhonha a nado, romper veredas na direção da mata do ‘choro’, para degustar delícias da nossa flora, como a jaca e a jabuticaba, sem qualquer restrição.

É conviver pacificamente com as grandes enchentes do Jequi, com a maior naturalidade. Sem se exaltar, sem excomungar a natureza, apenas se integrar incondicionalmente a ela.

É rememorar momentos gloriosos de estudante, vividos na SUDENE e no Colégio Clóvis. Ainda que pagando penitencias diárias com a subida pelas íngremes ladeiras, até essas escolas.

É marchar com orgulho e dedicação ladeira acima e abaixo, durante os desfiles cívicos de 14 de agosto e 7 de setembro.

É disputar uma vaga pra tocar na Banda Marcial do Clóvis, privilégio de alunos nota dez.

É ter saudades das aulas de educação física na praia do cafeeiro, às cinco da matina, despertado ao silvo estridente do apito do professor.

É participar semanalmente do programa “Calouros do Bil”, atrativo dominical da família itapebiense, onde uns e outros anônimos arrancavam aplausos e delírios da platéia.

É cair na folia do carnaval, animada ao som do trompete de João de Lila, Nilton Nascimento e Raulino Teixeira.

É viver momentos maravilhosos de romantismo e glamour no ‘Cine Teatro Mara’. Ambiente de encontro e deleite dos eternos enamorados.

É rememorar bailes de marchinhas antigas de carnaval, animadas pelo nosso eterno ‘Rei Momo’Claudionor Teodoro (Nonô)

É fazer-se membro dos Escoteiros, seguir regras rígidas. É orgulhar-se pela disciplina. É respeitar-se mutuamente.

É se maravilhar com as transmissões esportivas dos clássicos cariocas envolvendo: Flamengo, Vasco, Botafogo e Fluminense, na voz marcante de Valdir Amaral e Jorge Curi.

É abastar semanalmente na feira-livre do Rabo da Gata, a despensa de casa com produtos ‘limpos’ dos ribeirinhos.

É subir com fardos pesados a grande ladeira da Igreja até o cavaco em dia de feira e nem por isso se desanimar dessa jornada exaustiva.

É participar ativamente dos festejos de N. Srª. Da conceição, anualmente a 08 de dezembro, carregando sua imagem a todos os cantos da cidade histórica.

 

É reunir-se diariamente com os amigos no ‘Diamante Bar’, para jogar sinuca e degustar uma Antártica ou Brahma geladíssima.

É compartilhar com os amigos e amigas a leitura de bolsilivros e revistas de romances e fotonovelas.

É encontrar-se no jardim da igreja matriz com a pessoa amada, aos fins de semana e compartilhar momentos inesquecíveis.

Ser itapebiense é... Simplesmente, ser feliz!!!

 

Reginaldo Silva Ribeiro, Professor nascido na Cidade Histórica de Itapebi Bahia.

 

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