Imagens: Reprodução web
Após retaliação iraniana, Israel bombardeia usina de Natanz duas vezes na madrugada, ferindo 95 pessoas.

Israel realizou novos bombardeios contra o Irã nesta sexta-feira (13), atingindo a maior usina nuclear iraniana em Natanz e um aeroporto militar em Tabriz, no noroeste do país. As informações foram divulgadas por veículos estatais iranianos.
O Exército de Israel confirmou o ataque à usina de Natanz, afirmando ter causado “grandes danos” à instalação. Imagens publicadas pela agência de notícias Mehr mostram chamas e fumaça no aeroporto de Tabriz, onde oito pessoas morreram e 12 ficaram feridas, segundo a agência Fars.
Em comunicado, o Exército israelense informou que a nova rodada de ataques, conduzida por caças da Força Aérea, visou o arsenal de mísseis “superfície-superfície” do Irã, incluindo lançadores, depósitos de armamentos e outros alvos militares. Foi mencionado também um “mecanismo de lançamento especial escondido dentro de contêineres marítimos”.
Escala da Tensão e Retaliações
Os bombardeios desta sexta-feira seguem um ataque israelense anterior, ocorrido na madrugada (horário local), que provocou explosões em Teerã e outras cidades. Na ocasião, Israel declarou que o objetivo era frear o programa nuclear iraniano, que o Irã insiste ser para fins pacíficos, mas é visto com desconfiança pelo Ocidente.
O ataque anterior resultou na morte do chefe da Guarda Revolucionária do Irã, Hossein Salami, do chefe das Forças Armadas, Mohammad Bagheri, e de dois cientistas nucleares. O Irã classificou os ataques de Israel como uma “declaração de guerra” e retaliou a primeira onda de bombardeios com cerca de 100 drones, que, até a última atualização, não causaram danos em Israel.
Contexto e Reações Internacionais
Os ataques ocorrem em meio a um cenário de crescentes tensões entre Israel e Irã, impulsionadas pelo avanço do programa nuclear iraniano. Em um pronunciamento pré-gravado, o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que Israel vive um “momento decisivo” e que a operação militar visa deter “a ameaça iraniana à própria sobrevivência de Israel”. Netanyahu indicou que os ataques continuarão “por quantos dias forem necessários”.
Os Estados Unidos não tiveram envolvimento na operação, segundo o secretário de Estado americano, Marco Rubio. Um oficial das Forças de Defesa de Israel alertou que o Irã possui urânio suficiente para construir ogivas nucleares em dias e que o país está em um estágio avançado de um programa nuclear secreto.
A embaixada de Israel no Brasil divulgou uma nota classificando o Irã como o “principal patrocinador do terrorismo global” e uma ameaça ao Estado israelense. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reforçou a pressão sobre o Irã por um acordo nuclear “antes que não sobre mais nada”.
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