Cai vereador: Operação policial prende político baiano por envolvimento com o crime.

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Outros cinco suspeitos também foram detidos.

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A Polícia Civil da Bahia deflagrou nesta quinta-feira, 4, a segunda fase da Operação Anátema, resultando na prisão de um vereador baiano por suspeita de integrar uma organização criminosa que movimentou mais de R$ 4 bilhões. A ação, que também prendeu outros cinco suspeitos, foi realizada de forma integrada em quatro estados: Bahia, Paraná, Minas Gerais e Santa Catarina.

Vereador Preso e Lavagem de Dinheiro

O vereador detido é Ailton Leal, do PT de Santo Estêvão. De acordo com a Polícia Civil, o político seria proprietário de um posto de combustíveis utilizado como instrumento no esquema de lavagem de capitais do grupo.

O Esquema de R$ 4 Bilhões

A Operação Anátema visa desarticular uma organização criminosa liderada por Fábio Souza Santos, conhecido como “Geleia”, foragido desde 2023. O grupo é investigado por movimentar mais de R$ 4 bilhões em cinco anos, principalmente através do tráfico de drogas.

  • Primeira Fase: Em setembro de 2025, sete integrantes foram presos.
  • Ação Recente: Os mandados de busca e prisão foram cumpridos em cidades baianas como Salvador, Lauro de Freitas, Simões Filho, Feira de Santana e Santo Estêvão, além dos outros três estados.

Vazamento de Informações Antecipou a Operação

O delegado Fábio Lordello, diretor do DRACO, informou que a deflagração desta segunda fase precisou ser antecipada devido ao vazamento de informações sigilosas em veículos de imprensa.

“O vazamento de dados protegidos por sigilo judicial constitui grave afronta à investigação. Serão adotadas as providências cabíveis para rigorosa apuração da origem desse ilícito, incluindo a instauração de procedimento específico para responsabilização de todos os envolvidos”, afirmou Lordello.

A operação é um esforço conjunto entre o Departamento de Repressão e Combate à Corrupção (DRACO) da Bahia e as Polícias Civis de Minas Gerais (PCMG), Paraná (PCPR) e Santa Catarina (PCSC).

Na diligência, a polícia apreendeu R$ 18 mil em espécie, cheques, contratos, armas, veículos e diversos documentos. Também foram levantados indícios de sonegação fiscal, que serão encaminhados para apuração da Secretaria da Fazenda (Sefaz). Além de sua atuação política (onde obteve 963 votos na eleição municipal de 2024), Ailton Leal é apontado como irmão de um traficante de alta periculosidade, morto em confronto policial em 2017.

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