Imagem: Reprodução web
Após uma reunião com servidores nesta semana, 50 funcionários foram comunicados do desligamento.

A situação da Fundação Hospitalar da Mata Atlântica (FHMA), responsável pela administração do Hospital de Camacan, se agravou nas últimas semanas. Após uma reunião com servidores, cerca de 50 funcionários foram demitidos, e, diante do clima de incerteza e do atraso nos pagamentos, médicos decidiram pedir demissão em solidariedade aos colegas, ampliando a crise na unidade de saúde.
O cenário crítico surge poucos dias depois de a direção ter apresentado uma proposta de “demissão coletiva com promessa de recontratação meses depois”, medida que já havia gerado revolta entre os trabalhadores.
Entre os profissionais que deixaram o hospital estão o Dr. Honório Conrado, a Dra. Maria Clara e o Dr. Wlademir, que atuavam há anos na instituição. Com as saídas, setores que já operavam no limite passam a enfrentar o risco real de desassistência à população.
Durante o encontro com os servidores, o presidente da FHMA, Gildo Batista, atribuiu a crise ao atraso nos repasses do Governo do Estado para os hospitais filantrópicos, alegando que a gestão estadual estaria priorizando as unidades da rede própria.
Enquanto isso, funcionários com décadas de serviço foram surpreendidos com o aviso de desligamento. Entre os demitidos há técnicos, administrativos e trabalhadores de apoio, comprometendo o funcionamento cotidiano do hospital. Internamente, a sensação é de que o quadro pode piorar ainda mais, já que o corte de pessoal e a saída de médicos tendem a gerar um efeito dominó: menos profissionais → menor produção → queda nos repasses → mais dificuldade para manter contratos.
A FHMA já vinha sendo alvo de críticas por atrasos salariais, redução da qualidade da alimentação, suspensão de serviços e falta de insumos. Agora, com o enxugamento da folha e a debandada de médicos, cresce o temor de um novo fechamento parcial da unidade, como já ocorreu no passado.
Até o momento, a direção da fundação não apresentou um plano concreto para recompor a equipe ou garantir a continuidade dos plantões médicos. Diante da incerteza, trabalhadores afirmam que pretendem acionar entidades de classe e o Ministério Público do Trabalho para investigar a legalidade das demissões em massa e da proposta de “demitir e recontratar depois”.
ItapebiAcontece – informações do site Políticos do Sul da Bahia.






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