Alunos do IFBA elaboram projetos de obras que podem beneficiar Eunápolis
São trabalhos escolares necessários para a aprendizagem desses jovens estudantes que estão a meio caminho da formação profissional, mas podem se tornar equipamentos úteis a milhares de pessoas. A Itapebiense Isadora Cavalcante Alves está entre os alunos d
Twitter: @ItapebiAconteceRevitalizar um espaço urbano que está totalmente degradado, visando oferecer à população do seu entorno uma área de lazer agradável. Foi com esse intuito que um dos grupos do 2º ano do curso de Edificação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (Ifba) Eunápolis idealizou e está desenvolvendo um projeto arquitetônico de urbanização da Praça da Liberdade, na região central da cidade.
O projeto contempla o espaço público com um quiosque, uma academia de ginástica para idosos, um parque, jardins e uma concha acústica, equipamentos que são planejados levando em conta o conceito de sustentabilidade, presente nos pisos drenantes de concreto poroso, mesas, bancos, brinquedos e lixeiras de material reciclado e iluminação fornecida por placas fotovoltaicas, que se abastecem pela luz do sol.
Esse é um de seis projetos que estão sendo elaborados pelas equipes da turma de Edificações que poderão beneficiar não apenas a comunidade do entorno da praça, mas também a APAE, com a construção de uma brinquedoteca e uma horta na cobertura do prédio, a população da Urbis III, com um Infocentro e a população jovem da cidade, com um parque ecológico dotado de quadras poliesportivas, quiosques, pista de Cooper e uma área para a prática de arborismo e tirolesa no local conhecido como “buraco do trevo”.
(Isadora Alves, Aluna Itapebiense)
São trabalhos escolares necessários para a aprendizagem desses jovens estudantes que estão a meio caminho da formação profissional, mas podem se tornar equipamentos úteis a milhares de pessoas.
“A gente se sente privilegiada por poder beneficiar o povo de alguma forma, mesmo que seja com projetos pequenos. Além disso, a gente vai aprimorando nosso conhecimento técnico e, assim, também se realizando”, diz a aluna Sara Menezes dos Santos.
Stephanie Gomes, aluna de Eunapolitana
Iniciados em novembro, esses trabalhos escolares são, por enquanto, planos iniciais de obras que poderão ou não, serem realizadas. Mas essa perspectiva de incerteza não desanima esses alunos, que se dedicam com toda vontade, por terem a certeza de que a elaboração desses projetos é uma forma de colaboração que podem dar à cidade, na forma de cidadania, como contribuindo para a melhoria da qualidade de vida e difundindo o conceito de sustentabilidade como necessário nas obras públicas.
É um trabalho ainda longo, uma vez que esses projetos serão concluídos a mais dois anos, porque é no decorrer do curso que esses alunos vão praticar nos projetos o que aprendem na teoria.
Mas, até lá, prevalece a sensação de que todo esse esforço vala a pena, tanto pelo aprendizado, como por estarem retribuindo a Eunápolis pelo menos uma parte do que ela lhes tem dado.
Pensamento que é também do idealizador de tudo isso, o arquiteto e professor Hugo Seguchi. “Eu moro aqui há 35 anos. Nesse tempo já ocupei cargo público [foi secretário de Infraestrutura] e conheço bastante esta cidade e suas carências. Como eu tive essa oportunidade de vir dar aula aqui, estou aproveitando a experiência que eu tenho para transmitir conhecimento aos alunos e retribuir a Eunápolis um pouco do que ela me tem dado. Também a escola tem essa função social a cumprir”, conclui o professor.
Por Radar 64
IMAGENS GENTILMENTE CEDIDAS PELO RADAR 64