Centésimo jogo terá pressão em Fred e expectativa por Neymar
A Seleção precisa pelo menos empatar com Camarões para garantir a classificação às oitavas sem depender do resultado de Croácia x México
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Neymar tem feito sua parte: dois gols na Copa. |
A partida de número 100 do Brasil em Copas do Mundo é uma final, ao invés de uma festa. Anfitriã, a Seleção precisa pelo menos empatar com Camarões, às 17h, no Mané Garrincha, em Brasília, para garantir a classificação às oitavas sem depender do resultado de Croácia x México, que jogam no mesmo horário na Arena Pernambuco, no Recife. Derrota para os africanos e empate na outra partida significa eliminação na primeira fase.
“Camarões é um time traiçoeiro. Joga muito bem. Joguei contra muitos (jogadores) deles na França. Para não ser surpreendido, tem que estar atento”, cobra o capitão Thiago Silva. Camarões, ao lado de Grécia e Irã, são as seleções ainda sem gol na Copa. E a maior expectativa da torcida – e pressão pelo sucesso – está justamente nos gols do lado de cá, com Neymar e Fred. A dupla começou afiadíssima na era Scolari. Até a final da Copa das Confederações, a parceria de ataque tinha participado de 21 dos 29 gols do Brasil (72,4%), marcando ou dando a assistência. Hoje, o camisa 10 desequilibra como solista.
O camisa 9 passou contundido o segundo semestre de 2013 e está quase parado em 2014: cinco jogos e um gol, contra a Sérvia, em amistoso. No Mundial, “ajudou” ao simular pênalti na estreia contra a Croácia.
“O Fred continua sendo um cara importante para nossa equipe. Ele não tem que fazer gols todos os jogos. Se não fizer gol, mas abrir espaço para o Neymar, Oscar, vai estar feliz”, defende o zagueiro Thiago Silva, que faz paralelo com a Copa das Confederações, auge da parceria ofensiva. “Havia cobrança em cima dele e no momento certo, ele apareceu. Não tenho dúvida que vai voltar a marcar. Claro que fazendo gol facilita para tirar esse peso das costas”, admite.
Um ano atrás, Fred passou em branco contra Japão e México. Diante da Itália, último jogo da fase de grupos, marcou dois gols. Fez outro contra o Uruguai e mais dois na final contra a Espanha. Foi fundamental diante de campeãs mundiais para o título. Com cinco gols, acabou o torneio como artilheiro, ao lado de Fernando Torres. “O Fred, para a gente, dentro e fora de campo, é um líder. Nos ajuda, é muito bom coração, e com certeza está ajudando a gente, com gols ou não, marcando, correndo, ajudando”, acrescenta o lateral Marcelo.
Dinastia
Fred ainda tem uma responsabilidade extra. Os centroavantes são considerados um selo de qualidade do futebol brasileiro em Copas. A lista inclui Leônidas (30 e 34), Ademir de Menezes (50), Vavá (58 e 62), Jairzinho (66, 70 e 74), Careca (86 e 90), Romário (94) e Ronaldo (94, 98, 2002 e 2006).
“Fred é nosso homem-gol. Ele está consciente de que não só ele como toda equipe ainda não reproduziu as boas atuações da Copa das Confederações. A atitude da equipe como um todo vai melhorar. E a gente espera que o Fred também melhore sua atenção e os gols voltem", declarou o coordenador técnico Carlos Alberto Parreira, em entrevista ao programa Esporte Espetacular, da TV Globo, ontem.
Registros
O Brasil chega a 100 jogos como vice-líder na estatística, pois a Alemanha já tem 101, embora não tenha disputado a Copa de 1950. Do lado verde e amarelo, as partidas “redondas” têm capítulos marcantes. O décimo confronto foi no outro Mundial no país, em 1950: 2x2 com a Suíça, no Pacaembu.
Em 1958, o jogo de número 20 ficou marcado pelas estreias como titulares de Pelé e Garrincha na Copa: 2x0 na União Soviética. Já o encontro número 30, em 1966, contra a Bulgária, foi a última vez que a dupla de gênios jogou junta pela Seleção: 2x0, gols deles.
Em 1994, a dramática vitória por 1x0 sobre os EUA aconteceu na partida de número 70, gol de Bebeto em passe de Romário. Já o confronto de número 80 foi a derrota na final da Copa de 1998: 3x0 para a França, com show de Zidane e convulsão de Ronaldo.
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Itapebiacontece / Correio