Cobra de origem Asiática corre risco de ser sacrificada em Brasília por falta de antídoto no Brasil
As cobras foram entregues de forma voluntária ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
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A serpente Trimeresurus vogeli, conhecida como víbora-verde-de-vogel, foi uma das 16 cobras resgatadas no Distrito Federal, em uma investigação que busca descobrir a origem da naja que picou Pedro Henrique Santos Krambeck Lehmkul, de 22 anos.
O responsável pelas cobras que não teve a identidade divulgada, não será punido, já que a devolução foi voluntária. A devolução aconteceu após a repercussão do caso do estudante Pedro Kramberck, de 22 anos, que foi picado por uma naja.
A espécie é originária da Ásia, o que faz com que não haja antídoto contra o veneno dela aqui no Brasil. Com isso, a serpente corre o risco de ser sacrificada. Se não for possível importar o soro do exterior, os especialistas não descartam a eutanásia. A decisão está nas mãos do Ibama.
A serpente está sendo mantida em uma caixa, que fica dentro de um recinto, com intuito de evitar qualquer risco ao animal ou integrante da equipe.
Por ser um predador de cadeia e com veneno altamente potente, o veneno da víbora pode levar um ser humano adulto a óbito. “Apesar de ter um tempo de ação mais demorado, se comparado com a Naja, o veneno não deixa de apresentar um risco de vida elevado, ainda mais porque não tem o soro em âmbito nacional”, explicou o diretor de répteis e anfíbios do Zoológico de Brasília, Carlos Eduardo Nóbrega.
“Essa é a consequência de trazer um indivíduo para um território onde eles não pertencem. Acaba que em paga o preço disso é o animal, às vezes com a própria vida. Vamos deixar o animal exótico na sua fauna”, destacou o especialista.
Segundo ele, se o animal for eutanasiado ele será destinado para pesquisas em universidades para que estudem a parte interna e ajudem em pesquisas futuras sobre o próprio veneno.
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