Custo total da Copa poderá chegar aos 30 bilhões de reais

Geral
06 de Março de 2014 12h03

A estimativa atual é de 26 bilhões – mas ela não inclui muitos gastos inevitáveis. Não entraram no cálculo total despesas como as com as estruturas temporárias, exigência da Fifa para todas as arenas. Em média, são 40 milhões de reais por estádio

Twitter: @ItapebiAcontece




Vinte e seis bilhões de reais. Esse é o custo da Copa de 2014, de acordo com a última atualização da Matriz de Responsabilidades, documento que reúne todas as intervenções relacionadas com o Mundial a cargo do governo federal, dos governos estaduais e cidades-sede. A lista tem de obras em estádios a projetos na área de turismo, passando por telecomunicações, portos e segurança, entre outros. Esse valor, no entanto, está defasado: há estimativas de que, no final, a conta baterá nos 30 bilhões de reais. Isso porque a última atualização da Matriz foi feita em setembro do ano passado. Desde então, houve apenas mais uma intervenção no documento, basicamente para a exclusão de obras que não ficarão prontas até a Copa.

Assim, não entraram no cálculo total despesas como as com as estruturas temporárias, exigência da Fifa para todas as arenas do Mundial. Em média, o custo vai ser 40 milhões de reais por estádio, a serem gastos com itens diversos, entre eles aluguel de tendas, aparelhos de raio-x e implantação do sistema de tecnologia de informação. Essa é uma das principais pendências na preparação para a Copa. A 100 dias da abertura, a maior parte das cidades ainda não viabilizou a aquisição de materiais e equipamentos que compõem o aparato das temporárias. Pior: em alguns casos, ainda há discussão para definir quem vai pagar a conta. É o caso de São Paulo, palco da abertura.

Por contrato, as despesas seriam bancadas pelo Corinthians. O clube, porém, quer ajuda de parceiros privados ou do poder público (que já ajudou a conseguir patrocinadores para as arquibancadas provisórias). O problema é que o tempo está passando. No caso do Itaquerão e de várias outras arenas, o atraso pode comprometer a qualidade de alguns sistemas e equipamentos que serão instalados, além de tornar os serviços mais caros. Há obras complexas por fazer, mas até intervenções simples estão atrasadas. É o caso das obras no entorno do Beira-Rio, em Porto Alegre. Basicamente, é preciso fazer a pavimentação das vias, pequenas, mas ainda não foi feita sequer a licitação - o primeiro edital não teve interessados.

Pesquisa VEJA: o brasileiro e a Copa-2014

 

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Imagem negativa

 

 

O que ficou só na promessa para o Mundial

 

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Estádios privados

O ministro do Esporte do governo Lula prometia uma Copa totalmente privada, sem uso de dinheiro público nas arenas. Entre as doze sedes do Mundial, porém, só três (São Paulo, Curitiba e Porto Alegre) são empreendimentos particulares - e mesmo essas obras dependem de financiamento de bancos estatais e generosos incentivos públicos.

 

Seis pontos vulneráveis do Brasil em 2014

 

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Dores de cabeça nos aeroportos

No decorrer da Copa das Confederações, muitos visitantes reclamaram das falhas na infraestrutura aeroportuária brasileira. Em sedes como Belo Horizonte e Rio de Janeiro (Galeão), deram de cara com aeroportos em obras. Em Salvador, viram um terminal ficar cheio d'água após um temporal. E em quase todas as sedes, sofreram com pequenos transtornos que já viraram rotina para os passageiros brasileiros - e que fazem a experiência de voar no país ser muito mais desagradável. Exemplos: a constante troca de portões de embarque, que faz o viajante zanzar de um lado para outro nos momentos que antecedem o voo, e a longa espera nas esteiras de retirada de bagagens. Além da baixa qualidade dos serviços oferecidos em muitos aeroportos brasileiros, há um outro obstáculo para a Copa: ela está marcada para um período do ano em que muitos aeroportos, principalmente no Sul e no Sudeste, ficam fechados por causa da neblina. Garantia de fortes emoções para quem tiver voos marcados para os dias de jogos em Porto Alegre, Curitiba, São Paulo (Congonhas) e Rio de Janeiro (Santos Dumont).

























Itapebiacontece/Revista Veja


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