De 1992 a 2015: conheça os ideais dos "novos caras-pintadas"
Geral
14 de Março de 2015 12h03
Movimento ajudou a derrubar o ex-presidente Fernando Collor, em 1992; uma das participantes que foi considerada "musa" do movimento não vai ao protesto deste 15/03 e acredita que é preciso reforma política e não o impeachment
Twitter: @ItapebiAcontece
Foto: Reprodução Jovens pintaram seus rostos e foram às ruas contra o Ex-presidente Fernando Collor.
Movimento resultou em seu Impeachment
Aós perceber que o povo havia tomado às ruas para pedir o impeachment do presidente Fernando Collor, em 1992, o espanhol e engenheiro mecânico Alfredo Vidal, hoje com 65 anos, pegou as três filhas (uma de 16 e as gêmeas de 13 anos), saiu do Morumbi e pegou um ônibus em direção ao Vale do Anhangabaú, no centro de São Paulo, ponto de encontro para uma das maiores manifestações do movimento. Neste domingo, 15 de março, o engenheiro voltará a participar de uma manifestação - desta vez, para pedir a saída da presidente Dilma Rousseff - após quase 23 anos, junto com sua filha mais velha, a farmacêutica Márcia Escamilla Demestres, hoje com 38 anos.
"Eu achei importante mostrar para minhas filhas que era possível lutar pelo país e buscar melhorias. Foi muito importante para nós e ficou marcado em nossas vidas", relata Vidal.
Desta vez, a filha (Márcia) foi quem chamou o pai ir ao protesto. Ela acredita que será outro momento histórico para o país. Márcia participa no Facebook de grupos que se denominam como “novos caras-pintadas” e pedem o impeachment da presidente Dilma Rousseff, reeleita no fim de 2014.
Tais grupos explicam que a diferença entre os caras-pintadas antigos e os atuais é que, em 1992, as pessoas eram contra um político: o ex-presidente Fernando Collor, senador pelo PTB-AL, e suas atitudes, e hoje são contra um partido, no caso o PT e a também a corrupção.