Em protesto de SP, maioria não tem partido, diz Datafolha

Geral
18 de Junho de 2013 08h06

"Eu não tenho Partido, sou Brasil!" Essa frase de um senhor carioca de setenta anos marcou os protesto pelo Brasil.


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Em São Paulo, 65 mil pessoas se reuniram no largo da Batata, zona oeste, para participar do protesto contra o aumento da tarifa do transporte. Desses, 84% não têm preferência partidária, de acordo com o Datafolha.

Gritando frases como "O povo unido não precisa de partido" e "Sem partido, sem partido" os manifestantes se reuniram de forma pacífica.

Ao contrário do protesto anterior, na quinta-feira, em que houve mais de 200 feridos --15 jornalistas, 7 da Folha--, dessa vez não houve confrontos, prisões ou registros de casos de vandalismo na maior parte do percurso.

A Polícia Militar acompanhou à distância e se limitou à revista de manifestantes.

Quinto protesto contra o aumento das tarifas

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Eduardo Anizelli/Folhapress
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Manifestantes bloqueiam tráfego na avenida Morumbi, diante do portão 2 do Palácio dos Bandeirantes, sede do governo de São Paulo

O tom pacífico só foi quebrado por volta das 21h30, quando um grupo que se dirigiu ao Palácio dos Bandeirantes forçou a entrada na sede do governo paulista e foi rechaçado pela polícia. O portão chegou a ser derrubado.

De acordo com o Datafolha, 71% dos presentes participaram ontem pela primeira vez do protesto.

Editoria de Arte/Folhapress

A maioria tem entre 26 e 35 anos e 81% se informaram do ato pelo Facebook. No total, 85% dos presentes buscaram informações pela internet.

Os manifestantes saíram em marcha pela avenida Faria Lima. O Movimento Passe Livre decidiu dividir a passeata em dois grupos. Uma parte seguiu pela Rebouças, até a marginal Pinheiros. O restante ocupou a Faria Lima.

No caminho, os manifestantes chamavam a população para participar. Nas janelas dos prédios, as pessoas colocaram lençóis e toalhas brancas em apoio à passeata.

"Não vim brincar, vim protestar", disse a aposentada Marita Ferreira, 82, que fez questão de participar.

Durante o percurso, os manifestantes pediam para que as bandeiras de partidos políticos fossem guardadas.

Os dois grupos se encontraram na ponte Octavio Frias de Oliveira. Enquanto isso, um terceiro grupo fechou a Paulista, nos dois sentidos, também de forma pacífica. O trânsito foi interrompido.

Na avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini, um grupo se sentou no meio da via, gritando palavras de ordem. Os PMs que acompanhavam a manifestação também decidiram se sentar e foram aplaudidos.

MULTIDÃO

O protesto em São Paulo reuniu o maior número de participantes desde o movimento dos caras-pintadas pelo impeachment do ex-presidente Fernando Collor, em 25 de agosto de 1992.

Naquela ocasião, a PM calculou em 350 mil os manifestantes que se reuniram no Masp, na avenida Paulista.

Houve concentrações maiores, mas sem o caráter de protesto, como a Marcha para Jesus, em 2010, que segundo a PM reuniu 2 milhões de pessoas, e a Parada Gay de 2005, que juntou 1,8 milhão.

  Editoria de Arte/Folhapress  

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