Entenda caso Ronaldinho Gaúcho envolvendo documentos falsos

Famosos
09 de Março de 2020 11h03

Como a história ganha um novo capítulo a cada dia, o Estado resume tudo que aconteceu com o ex-jogador e seu irmão, Assis

Imagem: Reprodução

 

Um dos maiores jogadores da história do futebol brasileiro, Ronaldinho Gaúcho deixou os gramados, mas seus fãs jamais o esqueceram. Seus dribles e genialidade com a bola no pé e o prêmio de melhor do mundo em 2004 e 2005 o transformaram em uma estrela mundial. No Brasil, ganhou até um cargo de Embaixador do Turismo. Mas desde o dia 5 de março, o astro virou assunto nas páginas policiais e foi até parar na prisão, por suspeita de documentos falsificados. Ele já tinha um histórico de polêmicas, mas nada parecido com o que vive hoje.

 

Tudo começou quando ele chegou ao Paraguai para participar de dois eventos no país. Uma ação beneficente e o lançamento de um livro. Quando estava no hotel, com seu irmão, viu seu mundo desabar. Como a história cresce a cada dia, o Estado faz um breve resumo de tudo que já aconteceu e o que está acontecendo neste momento. Ronaldinho está preso? Ele cometeu um crise? Ele se naturalizou paraguaio? Ele continua como Embaixador do Turismo ? Entenda como anda o caso.

BUSCA EM SUÍTE POR SUSPEITA DE DOCUMENTOS FALSOS

A polícia do Paraguai fez buscas na noite de quarta-feira (04) no Hotel Resort Yacht y Golf Club, em Lambaré, vizinho a Assunção, onde estava hospedado Ronaldinho Gaúcho e seu irmão, Assis. Os agentes relataram ter agido após denúncia do Departamento de Identificações da Polícia Nacional por suspeita de que o ex-jogador e seu empresário estivessem portando documentos falsos. Ambos ficaram detidos no hotel durante a apuração do caso pelas autoridades.

RONALDINHO E IRMÃO SÃO PROIBIDOS DE DEIXAR O PARAGUAI

O promotor Federico Delfino, responsável pela investigação contra os dois ex-jogadores, afirmou na manhã de quinta-feira (05) que Ronaldinho e seu irmão ficariam à disposição da Justiça do Paraguai por tempo indeterminado. No mesmo dia ambos prestaram depoimento na sede do Ministério Público paraguaio, em Assunção. Ronaldinho disse que os documentos eram "presentes" de um empresário. Em seguida, o ex-jogador foi encaminhado para o Departamento de Crime Organizado do país, onde também teve de dar explicações.

RONALDINHO DECIDE PERMANECER NO PAÍS

Ainda na quinta-feira (05), o advogado encarregado de representar Ronaldinho Gaúcho e seu irmão disse que o ex-jogador decidiu não deixar o Paraguai até que o processo judicial contra ele seja resolvido. Adolfo Marín alegou que eles não estavam impedidos de deixar o país e que ambos receberam cartões de identidade e os passaportes paraguaios do empresário Wilmondes Sousa Lira no Brasil. "Não me lembro da data, mas cerca de 20 a 30 dias atrás", afirmou o advogado. Sousa Lira também foi preso na quarta-feira (05) à noite.

A presença de Ronaldinho no Paraguai com documentos supostamente falsos provocou uma crise política no país, especialmente pela demora das autoridades para apontar e investigar as irregularidades. E uma das consequências foi a renúncia do diretor de migração do país, Alexis Penayo.

RONALDINHO ADMITE CRIME E SE LIVRA DE ACUSAÇÃO

O Ministério Público do Paraguai decidiu não apresentar acusação formal contra Ronaldinho e seu irmão. O ex-jogador admitiu a prática do crime de utilização de documentação falsa, mas a promotoria considerou que eles foram enganados e solicitou a aplicação do "critério de oportunidade" por terceiros. Após quase 24 horas dos primeiros procedimentos e um longo dia de depoimentos na quinta-feira (05), o promotor Federico Delfino informou que os brasileiros não seriam acusados e que solicitaria a liberação de ambos.

JUIZ DECIDE QUE O EX-JOGADOR CONTINUARÁ SENDO INVESTIGADO

A reviravolta do caso aconteceu na sexta-feira (06), quando Mirko Valinotti, juiz criminal de Garantias de Assunção, decidiu rejeitar o pedido do Ministério Público para não abrir processo contra os ex-jogadores. O promotor Delfino chegou a declarar que os investigadores detectaram que o pedido de naturalização paraguaia de Ronaldinho e o irmão foi registrado no Departamento de Migração. Ambos disseram que não solicitaram esse procedimento e o Ministério Público, então, anunciou a investigação de um possível esquema de falsificação de documentos que envolve funcionários públicos e pessoas do setor privado.

RONALDINHO GAÚCHO E ASSIS FORAM PRESOS

Cumprindo um mandado emitido pela Procuradoria Geral da República, a Polícia Nacional do Paraguai ordenou a prisão do ex-jogador e seu irmão na sexta-feira (06). Ronaldinho e Assis estavam no Sheraton Hotel, localizado a poucos minutos do Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi. Ambos aguardavam o momento de partir para o terminal do aeroporto deixar o Paraguai, de acordo com as versões divulgadas pela Polícia do país.

Depois de serem presos preventivamente em Assunção, eles deixaram o complexo da Agrupação Especializada da Polícia Nacional do Paraguai, onde passaram a noite em uma cela e foram algemados para audiência.

 

JUIZA DETERMINA MANUTENÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA

Em meio à audiência que poderia definir a continuidade ou não de Ronaldinho na cadeia, o promotor da unidade especializada de delitos econômicos Osmar Legal ratificou o pedido de prisão preventiva. Na sequência, a juíza Clara Ruiz Díaz determinou a manutenção da prisão. Sendo assim, eles seguem detidos no complexo da Agrupação Especializada da Polícia Nacional do Paraguai.

SUSPEITA DE LAVAGEM DE DINHEIRO

A promotoria paraguaia ampliou a investigação no domingo (08). O Ministério Público solicitou várias informações de outras instituições e também apura uma possível conexão do caso com lavagem de dinheiro. Além dos ex-jogadores, empresários paraguaios e brasileiros são investigados.

ADVOGADO DE RONALDINHO DIZ QUE PRISÃO É ILEGAL

Advogado de Ronaldinho, Sergio Queiroz, disse ainda neste domingo (08) que seu cliente e seu irmão estão detidos de modo totalmente ilegal no Paraguai. Ele alegou que os ex-jogadores agiram "de boa fé" ao usar os documentos, sem saber que eram ilegais, pois procuravam iniciar negócios no país. O advogado também declarou que as autoridades diplomáticas do Brasil estão "tomando nota" das "irregularidades".

 

ItapebiAcontece com siteTerra -  Andreza Galdeano, Daniel Batista

 

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