Eunápolis enfrenta infestação de escorpiões, informa CCZ

Geral
12 de Dezembro de 2014 08h12

O diretor do CCZ afirma que a proliferação do inseto está relacionada ao impacto ambiental causado pela ocupação urbana, que aumentou a cadeia alimentar dos escorpiões, principalmente as baratas

Twitter: @ItapebiAcontece

Depois da morte de uma criança de 7 anos em consequência de uma picada de escorpião, na última segunda-feira (8), em Eunápolis, a Secretaria Municipal de Saúde divulgou nota informando que está em alerta para a proliferação desse inseto verificada em alguns bairros da cidade. 

Agentes de Combate a Endemias estão intensificando as visitas às localidades onde houve ocorrências. Para o diretor do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) do município, o veterinário Ricardo Batista, Eunápolis vive uma infestação e a população deve tomar alguns cuidados para evitar o contato direto com o inseto da família dos aracnídeos.

O diretor do CCZ afirma que a proliferação do inseto está relacionada ao impacto ambiental causado pela ocupação urbana, que aumentou a cadeia alimentar dos escorpiões, principalmente as baratas. Ele disse ainda que equipes do CCZ visitam regularmente as residências orientando os moradores sobre quais cuidados tomar. 

O escorpião amarelo, cujo nome científico é Tytius serrulatus, é a espécie mais encontrada em Eunápolis e a mais perigosa da América do Sul. Para Ricardo, a população pode contribuir muito para diminuir o número de escorpiões e evitar picadas, seguindo as orientações dos agentes de saúde.

Orientações

Os escorpiões têm hábitos noturnos e costumam se esconder durante o dia sob cascas e folhas caídas de árvores, pedras, tijolos, troncos podres, madeiras empilhadas, fendas, muros e porões, além de locais onde se acumula o lixo doméstico. São mais ativos durante os meses quentes do ano (verão), mas em épocas de muita chuva podem sair em busca de abrigo em áreas secas e residências.

Em caso de picada do inseto, deve-se lavar o local com água e sabão e encaminhar a vítima imediatamente para o serviço médico mais próximo (preferencialmente levando o animal que causou o acidente, para identificação de suas características).

Nos acidentes considerados leves, a pessoa apresenta inchaço, vermelhidão, calor e pelos eriçados no local da picada. Nos casos moderados, somam-se sintomas como vômitos, náuseas, hipertensão e taquicardia. Segundo os especialistas, os acidentes graves provocam vômitos intensos e frequentes, muita sudorese, agitação, aumento ou diminuição da frequência cardíaca, arritmias, contrações musculares, edema e choque.

Não é aconselhável usar inseticidas para combater os escorpiões, porque o desalojamento temporário pode favorecer a dispersão dos focos e o aumento da população do animal. 

- É preciso manter quintal, jardim e arredores da residência sempre limpos, evitando plantas de muita folhagem.
- Não se deve jogar lixo e entulhos próximos a residências. O lixo é um bom ninho para os escorpiões.
- Eliminar latas, cacos de telhas e outros objetos que possam acumular água. Os escorpiões têm necessidade de água.
- Eliminar as baratas, que são o alimento preferido dos escorpiões.
- Tampar ralos de chão, pias e tanques.
- Observar com cuidado os panos de chão e as roupas úmidas antes de apanhá-los.
- Observar com cuidado sapatos e roupas, sacudindo-os antes de calçá-los ou vesti-los.
- Não matar sapos e lagartos. Para as galinhas o escorpião é um bom prato.
- Ter cuidado para não ser picado nas mãos, ao mexer em montes de lenha, tijolos, entulhos, folhagens e buracos.
- Manter as camas afastadas da parede.
- Rebocar paredes e muros para que não apresentem vãos e frestas.
- Evitar plantas ornamentais densas, arbustos e trepadeiras junto a paredes e muros das casas. Os escorpiões usam como meio de acesso à residência.


ItapebiAcontece, com informações Ascom/Secretaria de Saúde

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