POR 5 MINUTOS, ILHEENSE ESCAPA DE DESABAMENTO NO RIO
A advogada ilheense Simone Argolo Andres mora no Rio de Janeiro há 26 anos e tinha escritório no 13º andar do edifício Liberdade, o primeiro dos três prédios que desabaram ontem à noite.
A advogada ilheense Simone Argolo Andres mora no Rio de Janeiro há 26 anos e tinha escritório no 13º andar do edifício Liberdade, o primeiro dos três prédios que desabaram ontem à noite, na região central da capital carioca. Por telefone, Simone conversou com o PIMENTA e contou como, quase por milagre, escapou da tragédia. Ela calcula ter saído do edifício cinco minutos antes dele ir ao chão.
Eram aproximadamente 20 horas quando a advogada deixou o prédio. Ela se lembra que, ao sair, passou por um pedreiro que subia com material de construção para uma obra no 9º andar do edifício. Como de costume, Simone seguiu dirigindo para sua casa no bairro de Botafogo, um trajeto que normalmente faz em 30 minutos. “Antes de chegar em casa, já havia a notícia do desabamento”, diz a advogada.
Simone Argôlo conta que procurou um local onde houvesse um aparelho de TV e viu as primeiras imagens do desastre. Segundo ela, num primeiro momento as imagens mostravam apenas a poeira que resultou do desabamento e ainda não era possível identificar os prédios, reduzidos a escombros. Depois, quando as informações começaram a chegar e ela soube onde exatamente o fato havia ocorrido, a advogada retornou imediatamente para o local.
“Minha primeira reação foi de choque e preocupação com as pessoas que estavam lá, pois algumas delas saem muito tarde. Havia o porteiro, o zelador, o pessoal que trabalhava nas obras em alguns andares”, relata a advogada. Simone ficou mais tranquila quando soube que o pedreiro que viu entrar no prédio no momento em que ela saía tinha sido resgatado com vida. De acordo com a Defesa Civil, o desabamento matou cinco pessoas e ainda há 21 desaparecidas.
Agora, a preocupação da advogada é também com os muitos processos que havia no escritório. “Tínhamos pastas de clientes com um histórico de mais de 30 anos, processos com mais de 20 “, lamenta. Segundo ela, a equipe de profissonais com quem trabalha irá se reunir nos próximos dias para avaliar os prejuízos.
Apesar da perda material, Simone Argolo – que tem pais e irmãos em Ilhéus – afirma que se sente contemplada por um milagre. ”Você pode chamar o que aconteceu comigo de livramento concedido por Deus”, afirma.
Redação Itapebiacontece com informações Blog Pimenta