Principais destinos do carnaval nordestino devem gerar mais de 275 mil empregos

Geral
09 de Fevereiro de 2013 13h02

Milhares de postos temporários são abertas no período. Em Salvador, são cerca de 210 mil vagas e em Olinda, 65 mil, segundo dados das prefeituras locais. A áreas que mais contrata é a de serviço, além do comércio, devido à demanda que se intensifica com a

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Brasília – O carnaval é um período de oportunidades para viajar, descansar, se divertir e conhecer pessoas novas. O feriado, no entanto, é particularmente especial para quem quer trabalhar. Centenas de milhares de vagas de emprego temporário são abertas no período e muitos desses postos têm a perspectiva de se tornar permanentes. Só em Salvador e Olinda, dois dos principais destinos do feriado no Nordeste, estima-se que aproximadamente 275 mil empregos sejam criados, direta e indiretamente. Na capital baiana, são cerca de 210 mil vagas e na cidade pernambucana, 65 mil, segundo dados das prefeituras locais.

As áreas que mais contratam são as de serviços e o comércio, devido à demanda que se intensifica com a presença de visitantes nas cidades onde o carnaval é atração. Olinda, por exemplo, espera receber cerca de 150 mil turistas, o que corresponde a mais de um terço da população da cidade – de 378 mil pessoas, segundo o Censo 2011 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Algo em torno de 95% dos leitos da rede hoteleira de Olinda são ocupados no período. Nos cinco dias de carnaval, mais de 2 milhões de pessoas devem visitar a cidade.

“Grande parte dessa geração de empregos é informal. Quem vem a Olinda vê isso muito claramente nas ruas. Acredito que, se a quantidade de vagas informais abertas não for igual à das formais, está muito perto disso”, informou a coordenadora de projetos da cooperativa de trabalho especializada em serviços, Banco de Horas, Patrícia de Luna.

Segundo ela, ainda há o que melhorar para receber os turistas na cidade. "No Nordeste, qualificação é a palavra de ordem. E isso tem acontecido. Existe um esforço do poder publico de organizar o que se tem, mas, claro, sempre tem o que melhorar. Em Olinda, por exemplo, o que acontece é carnaval de rua, então é uma organização desorganizada", disse Patrícia.

Em Salvador, a mobilização é ainda maior. Para organizar a festa, 12 secretarias municipais são articuladas, com a contratação de mão de obra para a execução de atividades específicas, como a montagem de trios elétricos, vistorias, acompanhamento de circuito, guias de informação, segurança, limpeza dos locais de festa, transporte, entre outros. Deverão ser gastos com o carnaval da capital baiana mais de R$ 17,5 bilhões, considerando somente o que foi investido pelos patrocinadores da festa, por meio da Empresa Salvador de Turismo (Saltur).

Os dias de festa ainda estimulam o turismo local. Muitos visitantes nas cidades aproveitam para conhecer os pontos turísticos dessas cidades, visitar restaurantes e fazer compras. Estima-se que o município receba cerca de R$ 1 bilhão.

As oportunidades de trabalho nesses períodos festivos se apresentam em cadeia e estão em diversos setores da economia. Em Olinda, por exemplo, mais de 5 mil toneladas de lixo reciclável são coletadas ao longo do feriado somente na parte histórica da cidade, onde a movimentação é maior. Além do faturamento com a venda de produtos, há a renda gerada pela reciclagem dos resíduos.

Em Salvador, espera-se ultrapassar a marca das 100 mil toneladas de lixo reciclável coletado, alcançada no carnaval de 2012. De acordo com Joílson Santana, um dos coordenadores do Complexo Cooperativo de Reciclagem da Bahia (CCRB) e do projeto Ecofolia Solidária: Trabalho Decente Preserva o Meio Ambiente, cerca de 2,5 mil catadores não cooperativados devem fazer a coleta seletiva de cerca de 70 toneladas de lixo reciclável. O restante deve ser processado por outras cooperativas. Joílson informou que, desses 2,5 mil catadores avulsos, 30%, ou 750, se deslocam de cidades próximas a Salvador para trabalhar na capital durante o carnaval.

"O projeto [Ecofolia Solidária] ajuda muito nesse sentido, pois, ao fazer parte, o catador recebe um kit de proteção individual, com calça, camisa, luva, botas e protetores auriculares. Eles ainda recebem três tíquetes de refeição diários e têm acesso a cinco centrais de apoio às atividades para onde podem levar o material coletado - o que ajuda, já que não estão na cidade onde costumam trabalhar ", disse.

O projeto Ecofolia Solidária está em sua décima edição em 2013 e tem o objetivo de organizar, armazenar e comercializar o lixo reciclável, diminuindo o impacto sobre o meio ambiente e promovendo a inclusão social.

Por  Agencia Brasil

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