Operação da Polícia Federal sobre o INSS prende número dois da Previdência e tem senador do PDT como alvo

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Senador Weverton Rocha (PDT-MA) 
 Foto: Pedro França

Ao todo, a nova fase da Operação Sem Desconto cumpre 52 mandados de busca e apreensão, 16 de prisão preventiva, além de outras medidas cautelares.

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O secretário-executivo do Ministério da Previdência, Aldroaldo Portal, foi afastado da função e teve a prisão domiciliar determinada nesta quinta-feira (18), durante uma nova fase da Operação Sem Desconto. A investigação apura um esquema nacional de descontos associativos irregulares aplicados em aposentadorias e pensões. A ação da Polícia Federal também tem como alvo o senador Weverton Rocha (PDT-MA), que foi alvo de mandados de busca. As informações são da TV Globo e da CNN Brasil.

Ao todo, a operação cumpre 52 mandados de busca e apreensão, 16 de prisão preventiva e outras medidas cautelares autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal. As diligências ocorrem nos estados de São Paulo, Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Minas Gerais e Maranhão, além do Distrito Federal.

De acordo com a Polícia Federal, a ofensiva desta quinta-feira tem como objetivo aprofundar as apurações da Operação Sem Desconto e esclarecer crimes como inserção de dados falsos em sistemas oficiais, organização criminosa, estelionato previdenciário, além de ocultação e dilapidação de patrimônio.

Ainda segundo a TV Globo, também foi preso Romeu Carvalho Antunes, filho de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, apontado como um dos principais investigados no esquema.

O advogado Éric Fidelis, filho do ex-diretor do INSS André Fidelis — preso em fase anterior da operação —, também foi alvo de buscas e teve a prisão preventiva decretada. A suspeita da PF é de que o escritório de Éric tenha intermediado o pagamento de propinas relacionadas ao esquema. Conforme dados levantados pela CPI do INSS, a banca teria movimentado cerca de R$ 12 milhões.

Além das apurações conduzidas pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União (CGU), o caso também é investigado no Congresso Nacional, por meio de uma CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito), responsável por ouvir os envolvidos no escândalo.

ItapebiAcontece – Com informações do Estadão Conteúdo