Valdemar Costa Neto admite planejamento de golpe, mas nega crime e defende anistia

1 54

Imagens: Reprodução web

“Houve planejamento de golpe”, diz ao cobrar anistia no Congresso.

O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, surpreendeu ao afirmar que “houve um planejamento de golpe” no Brasil. A declaração foi dada no último sábado (13), durante participação no Rocas Festival, evento do setor equino realizado em Itu, no interior de São Paulo.

Apesar da admissão, Valdemar minimizou a gravidade da situação e negou que tenha havido crime. Segundo ele, o verdadeiro problema foram os atos de 8 de janeiro de 2023, que classificou como “bagunça”.

“Houve um planejamento de golpe, mas nunca houve o golpe efetivamente. No Brasil, a lei diz o seguinte: se você planejar um assassinato, mas não fez nada, não tentou, não é crime. O golpe não foi crime. O grande problema nosso é que teve aquela bagunça no 8 de Janeiro e o Supremo diz que aquilo foi golpe”, declarou.

Valdemar ainda afirmou que os atos golpistas foram organizados pelo PT.

Defesa da anistia

Durante o evento, o dirigente do PL voltou a defender o projeto de anistia que tramita no Congresso Nacional, voltado a perdoar os envolvidos nos atos de 8 de janeiro e na trama golpista. A proposta também poderia beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado.

Para Valdemar, a anistia é “importantíssima para o Brasil” e deve ser a nova bandeira da direita no Parlamento.

“Esquece o Supremo, isso já acabou. Agora nós temos que resolver no Senado e Câmara e aprovar a anistia”, disse.

O presidente do PL afirmou ainda que PP e União Brasil apoiarão a medida, e cobrou o mesmo posicionamento do Republicanos.

“Tenho reunião na semana que vem e vou cobrar. Marcos, nós elegemos o teu presidente da Câmara, agora você precisa retribuir isso que nós fizemos para você. Se tivermos esses partidos unidos nós vamos aprovar a anistia, pode ter certeza”, concluiu.

ItapebiAcontece