A vida e a arte de Angela Ro Ro em documentário inédito: “Ela ainda tinha muita sede de vida”

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Imagens: Reprodução web

Entre memórias e canções, Angela Ro Ro é homenageada em documentário inédito.

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A cantora e compositora Angela Ro Ro, que faleceu nesta segunda-feira (8), aos 75 anos, terá sua trajetória retratada em um documentário dirigido por Liliane Mutti, também responsável pelo filme Miúcha, a voz da Bossa Nova (2022).

O longa, intitulado Angela Ro Ro, reúne registros inéditos, depoimentos e apresentações recentes da artista. A produção foi exibida no início de agosto, no Festival Curta! Documentários, no Rio de Janeiro, dentro da sessão “Sala de Montagem”, dedicada a obras em fase final de edição. Naquele momento, Angela já estava internada e não pôde comparecer, mas o evento contou com a presença de amigos próximos, como a empresária Maria Braga, que destacou a importância do filme.

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Segundo Liliane, que era amiga pessoal da cantora, o documentário está concluído, mas ainda não tem previsão de lançamento. A diretora afirma que, no momento, sua prioridade é se despedir da artista.

“O filme está pronto, mas agora só penso em me despedir dela. Estou muito triste. Acho que ainda tinha muito a oferecer à música. No palco, ela se transformava, mesmo já estando bastante fragilizada. Eu tinha esperança de que ela saísse do hospital. Ela resistiu muito a se internar, dizia que tinha medo de não voltar. Ela ainda tinha muita sede de vida”, contou Liliane ao jornal O Globo.

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A diretora relembra que a ideia do documentário surgiu após o trabalho com o filme sobre Miúcha (1937–2018), amiga de Angela.

“Ela soube que eu estava fazendo o filme sobre Miúcha e me mandou um áudio no meu aniversário. Quando liguei de volta, durante a conversa, perguntou se eu não queria fazer um filme sobre ela. Comentou que havia pensado em escrever um livro, mas tinha preguiça. Brinquei: ‘Então já estamos fazendo’”, recorda.

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Liliane destaca ainda que Angela participou ativamente da construção da obra, tanto em entrevistas quanto no processo criativo:

“Ela me dirigia, dizia o que eu tinha que fazer, me dava ordens. Acabamos fazendo um meta-filme. Ela é a protagonista da própria história; eu apenas acompanho o fluxo. Ela narra sua vida da forma que queria contar”, diz a diretora.

— ItapebiAcontece – com informações do Globo.com