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Michelle Bolsonaro: o novo rosto da mobilização bolsonarista na Avenida Paulista.

Pela segunda vez desde que se tornou a figura central da direita brasileira, o ex-presidente Jair Bolsonaro não estará presente nas manifestações de 7 de Setembro. Atualmente em prisão domiciliar, ele não pode comparecer aos atos deste ano.
A organização da mobilização na Avenida Paulista, em São Paulo, está sob a liderança do pastor Silas Malafaia. No lugar de Bolsonaro, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro deve ser a principal figura do evento.
A primeira ausência de Bolsonaro ocorreu em 2023, quando seus apoiadores optaram por boicotar as comemorações oficiais em protesto contra o resultado das eleições de 2022.
Entenda a prisão domiciliar e as restrições
Bolsonaro está em prisão domiciliar desde 4 de agosto, após ter desrespeitado medidas cautelares impostas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. O ex-presidente já estava sob restrições desde 18 de julho, com o uso de tornozeleira eletrônica e horários limitados de circulação.
A detenção veio depois que Bolsonaro participou de um ato virtualmente, com a transmissão sendo divulgada por seus filhos. Segundo Moraes, o ex-presidente violou a proibição de usar redes sociais, mesmo que por intermédio de terceiros.
Em 2024, antes da prisão domiciliar, Bolsonaro esteve presente no 7 de Setembro na Avenida Paulista, onde fez um discurso em que chamou Moraes de “ditador”.
Outros processos e inelegibilidade
Além da prisão domiciliar, Bolsonaro enfrenta outras questões judiciais. Ele já cumpre pena de inelegibilidade por oito anos, desde outubro de 2023, por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O tribunal entendeu que ele cometeu abuso de poder político e econômico ao usar as celebrações do Bicentenário da Independência, em 2022, para fazer campanha.
O ex-presidente também é réu em um processo no STF que investiga uma suposta trama golpista. O julgamento da Ação Penal 2668 foi retomado e a próxima etapa será a apresentação dos votos dos ministros. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, já pediu a condenação de Bolsonaro e de outros sete réus.
ItapebiAcontece / A Tarde
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