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Governo americano remove tarifa extra de 40% que atingia mais de 200 produtos.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quinta-feira (20) uma ordem que elimina a tarifa adicional de 40% aplicada a parte dos produtos agrícolas brasileiros. A medida, que vale de forma retroativa a 13 de novembro, beneficia mais de 200 itens, incluindo café, frutas, carne bovina, petróleo e componentes aeronáuticos, segundo o Itamaraty. A decisão ocorre após o avanço das negociações iniciado na conversa entre Lula e Trump, em 6 de outubro.
Para Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos, o recuo tarifário é “melhor do que muita gente imaginava” e deve reduzir perdas recentes do agronegócio. Sergio Vale, da MB Associados, afirma que a medida devolve um “mínimo de racionalidade”, mas lembra que a indústria brasileira segue prejudicada, já que os EUA mantêm tarifas para proteger a produção doméstica.

O ex-diretor da OMC Roberto Azevêdo avaliou que a redução busca conter pressões inflacionárias nos EUA e não parece estar condicionada a exigências do Brasil. Representantes do setor agrícola comemoraram o gesto. A Amcham Brasil classificou a decisão como “muito positiva”, enquanto a CitrusBR destacou o alívio para o setor de laranja.
Já a indústria de pescados, responsável por exportações de cerca de US$ 300 milhões por ano, ficou fora da lista e criticou a falta de prioridade. A Abipesca afirmou que o segmento não foi contemplado nas negociações. O ex-secretário Welber Barral também lembrou que outras tarifas seguem em vigor, como as de 50% sobre aço, madeira, móveis e alumínio, além da investigação da Seção 301, que pode gerar novos bloqueios.
O Itamaraty informou que continuará dialogando com Washington para retirar as tarifas remanescentes e reforçou que o Brasil segue comprometido com uma solução diplomática, “em linha com 201 anos de excelentes relações” com os Estados Unidos.
ItapebiAcontece — informações da CNN.






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