BRASIL É APONTADO POR ÍNDICE COMO 11º PAÍS MAIS INSEGURO DO MUNDO
Em nossa região, há crimes que caminha para o esquecimento como no caso mais recente o assassinato do prefeito de Itagimirim, Rielson Lima.
Twitter: @ItapebiAconteceA ONG americana Social Progress Imperative mantém um ranking da qualidade de vida em 132 países, o Índice de Progresso Social. Entre os principais aspectos analisados, está a segurança pessoal, em que o Brasil aparece como o 11° país mais inseguro do mundo.
Para avaliar o nível de segurança de cada país, cinco critérios foram examinados: número de homicídios, de crimes violentos, percepção da criminalidade, terrorismo e mortes no trânsito. Em uma escala de 0 a 100, com 0 para a máxima insegurança, o Brasil recebeu 37,5 pontos. Como país mais inseguro do mundo, aparece o Iraque, com 21,5 pontos. Do outro lado do ranking, como país mais seguro, aparece a Islândia, com 93,4 pontos. - Fonte: Social Progress Imperative
Quando a vida vale 7 reais
Em janeiro, o universitário Mário dos Santos Sampaio, de 22 anos, foi morto a facadas pelo dono de um restaurante no Guarujá, no litoral paulista, após não concordar pagar 19,90 reais pelo rodízio porque, quando entraram no estabelecimento, um cartaz na porta anunciava o preço de 12,99 reais. Segundo testemunhas, Sampaio foi agredido por funcionários do estabelecimento e o dono do restaurante pegou uma faca e deu três golpes nas costas do universitário, fugindo em seguida com o filho e os demais empregados da churrascaria. Dois dias depois, pai e filho compareceram à delegacia e confessaram o crime. Eles acabaram sendo liberados porque não houve flagrante. Em depoimento, José Adão afirmou que não pretendia matar o estudante, "só furar um pouquinho".
Queimada viva
Em abril, a dentista Cinthya Magaly Moutinho de Souza, de 47 anos, morreu queimada durante um assalto em seu consultório, em São Bernardo do Campo, no Grande ABC. Os criminosos Jonatas Cassiano Araújo, Victor Miguel de Souza, Thiago de Jesus Pereira e um menor de idade invadiram o local e atearam fogo na vítima ainda viva depois de perceber que ela só tinha 30 reais na conta bancária. Investigações mostraram que o grupo já havia assaltado outros dois consultórios da mesma forma: se apresentavam como pacientes, eram violentos e usavam isqueiros para ameaçar as vítimas. Todos foram presos. Um mês depois, o dentista Alexandre Peçanha Gaddy, de 41 anos, teve 60% do corpo queimado durante um assalto ao seu consultório. O dentista morreu e os ladrões não foram identificados.
O estranho caso do menino que matou a família
No dia 5 de agosto, uma família de policiais militares foi encontrada morta em casa, na Vila Brasilândia, Zona Norte da cidade de São Paulo. O adolescente Marcelo Pesseghini, de 13 anos, é o principal suspeito de matar a tiros os pais - o sargento da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) Luis Marcelo Pesseghini, de 40 anos, e a cabo do 18º Batalhão Andreia Regina Bovo Pesseghini, de 36 - a avó, Benedita Oliveira Bovo, 65, e a tia-avó, Bernardete Oliveira da Silva, 55. Segundo laudo do psiquiatra forense Guido Palomba, Marcelo sofria de doença mental e tinha delírios que o faziam misturar a realidade com um mundo paralelo de fantasia. O menino teria matado os pais, dirigindo o carro da família até a escola, na Freguesia do Ó. Depois da aula, Marcelo voltou para casa de carona e teria então se suicidado. A família contesta a apuração.
EM ITAGIMIRIM NO EXTREMO SUL DA BAHIA O CASO RIELSON LIMA AINDA SEM SOLUÇÃO E POPULAÇÃO CONTINUA APREENSIVA
No próximo sábado, 29, completa cento e vinte dias que o prefeito de Itagimirim, Rielson Lima, foi executado em praça pública, de forma traiçoeira, enquanto conversava com um amigo. Até a presente data, não houve nenhuma informação por parte da Secretaria de Segurança Pública a respeito do fato.
O delegado especial, Élvio Brandão, nomeado para desvendar o crime, não dá maiores explicações sobre o andamento das investigações. O mesmo acontece com a coordenadoria da 23ª Coorpin com sede em Eunápolis. Todo movimento e comoção por parte da população de Itagimirim se esbarra no esquecimento. Apenas tênues lembranças. Algo de concreto não existe.
Na capital do Estado, muitos casos são desvendados, e a Secretaria de Segurança faz questão de apresentar os criminosos à imprensa. No caso Rielson, não existem informações e tudo caminha para a impunidade.
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