Dilma cede ao PR e tira César Borges Ministério dos Transportes

Geral
26 de Junho de 2014 08h06

Considerado um dos nomes da cota pessoal da presidente, Borges continuará na Esplanada dos Ministérios

Twitter: @ItapebiAcontece

Para garantir o apoio do PR a sua reeleição, a presidente Dilma Rousseff cedeu à pressão do partido e decidiu substituir o atual ministro dos Transportes, César Borges, pelo antecessor do baiano na pasta, Paulo Sérgio Passos. Considerado um dos nomes da cota pessoal da presidente, Borges continuará na Esplanada dos Ministérios. Agora, vai tocar a Secretaria de Portos, pasta que lhe dá status de ministro.

Borges ocupará o lugar de Antonio Henrique Silveira, atual ministro dos Portos, que permanece na pasta, mas como secretário executivo. A mudança faz parte da exigência do PR para apoiar a campanha de Dilma à reeleição. Se confirmado o apoio do PR, que adiou a decisão oficial para o próximo dia 30, Dilma ganhará pouco mais de um minuto de televisão e também dá um passo largo para manter a aliança de 12 anos com os republicanos. 

A parceria do PT com o PR começou ainda em 2002, quando o mineiro José Alencar concorreu como vice de Luiz Inácio Lula da Silva. Após quase intenso bombardeio da ala do PR que defendia sua saída, Borges chegou ao Palácio do Alvorada por volta das 8h50 de ontem, acompanhado pelo ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante.

Lá, foi avisado de que teria que deixar a pasta, sobretudo após a direção do partido ter tornado público sua insatisfação com a permanência do baiano e ameaçado romper com o PT para apoiar o candidato tucano, Aécio Neves. Na mesma hora, Borges foi avisado que assumiria a pasta dos Portos. 

O atual titular da secretaria, foi chamado pela presidente logo depois. Chegou às 10h15 e saiu em cerca de dez minutos. Ex-governador da Bahia, ex-senador e ex-vice-presidente do Banco do Brasil, Borges assumiu em abril de 2013 o lugar de Passos, que estava no cargo desde julho de 2011. 

Apesar de filiado ao PR, Borges virou alvo de ataques disparados pelos próprios líderes do PR, que se queixavam de receber pouca atenção do baiano. O mesmo motivo que levou à saída de Passos há três anos. Em meio à rebelião, a cúpula do PR avisou que preferia a volta de Passos, sob a alegação de que Borges tem “vida autônoma” no ministério, não recebe parlamentares da bancada e não despacha com indicados da sigla na pasta.

“Já falamos há muito tempo que o César Borges não nos agrada. Ele não nos representa. Isso está claro”, disse anteontem o senador Antonio Carlos Rodrigues (PR-SP), secretário-geral do partido.

ItapebiAcontece / Correio

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