PF deflagra Operação Rent a Car contra assessores dos deputados Carlos Jordy e Sóstenes Cavalcante

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Imagens: Reprodução web

Eles são suspeitos de desvio de cotas parlamentares.

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A Polícia Federal (PF) iniciou, na manhã desta quinta-feira (19), a Operação Rent a Car, que investiga um suposto esquema de desvio de verbas de cotas parlamentares envolvendo assessores dos deputados federais Carlos Jordy e Sóstenes Cavalcante, ambos do PL-RJ.

O Esquema: Simulação de aluguel de veículos

De acordo com a PF, o grupo utilizava uma empresa de locação de veículos para simular contratos de prestação de serviços. O objetivo era desviar recursos da Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar (CEAP) — dinheiro público destinado a custear gastos do mandato, como combustíveis, alimentação e transporte.

A investigação aponta para uma “interação ilícita entre os setores público e privado”, onde agentes públicos e empresários teriam se unido para realizar o desvio.

Detalhes da Operação

  • Mandados: Foram cumpridos 6 mandados de busca e apreensão.
  • Locais: Rio de Janeiro, Tocantins e Distrito Federal.
  • Crimes Investigados: Peculato (apropriação de bem público), lavagem de dinheiro e organização criminosa.
  • Autorização: As buscas foram expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), devido ao envolvimento de parlamentares com foro privilegiado.

O que dizem os Deputados

Carlos Jordy (PL-RJ): Em pronunciamento na tribuna da Câmara, o deputado negou qualquer irregularidade, afirmando que os contratos seguem todos os trâmites legais da Casa. Jordy classificou a ação como “abuso de autoridade” e afirmou ser vítima de “perseguição” por ser oposição ao governo federal.

Sóstenes Cavalcante (PL-RJ): O parlamentar informou que soube da operação pela imprensa e defendeu a transparência de seu mandato. Segundo ele, o foco da investigação seria o contrato de um veículo Toyota Corolla pelo valor de R$ 4,5 mil mensais — preço que ele afirma estar abaixo do mercado. Sóstenes confirmou que os alvos foram um assessor e uma ex-assessora e disse confiar na “lisura” do trabalho de sua equipe.

Próximos Passos

O processo corre em segredo de Justiça. O diretório fluminense do Partido Liberal (PL) ainda não se manifestou oficialmente sobre o caso. O site ItapebiAcontece segue acompanhando o desdobramento das investigações.

ItapebiAcontece – Informações Agência Brasil